— Damien? – Ruvé entrou no escritório do marido. – Tem um senhor querendo falar com você e ele disse que não sai daqui, enquanto você não o receber.
Damien bufou, estava cheio que processos para cuidar, sem falar nas dívidas de jogo. Ele precisava arrumar um jeito de parar, pois já estava devendo demais.
— Damien Darhk?
— Sim, sou eu.
Damien não se lembrava daquele homem.
— Ótimo. – O senhor sorriu amigável. – Eu tenho algo para você.
Antes que Damien pudesse questionar, foi acertado com um forte soco no rosto.
Damien ficou tonto, e caiu no sofá, sem entender absolutamente nada:
— Enlouqueceu?! – Perguntou, se levantando.
— Eu deveria matá-lo! – O homem rosnou. – Seu cretino!
Damien continuou ali, sem conseguir entender o que estava acontecendo. Por que aquele desconhecido queria matá-lo.?
— Eu não sei qual o seu problema. – Falou, gritando pela segurança. – Mas você vai sair daqui agora.
— Você é um monstro... – O homem levou a mão ao peito e respirou fundo antes de continuar. – Vou cuidar... Para que apodreça na prisão...
Damien observou o homem cair na sua frente, como se estivesse infartando.
— Damien, chame uma ambulância. - Ruvé gritou ao entrar na sala e ver o homem caído.
— Não. – Respondeu, dando as costas ao homem. – E te proíbo de chamar socorro. Deixa esse verme morrer aí mesmo.
Ruvé ficou chocada com a frieza do marido, mas não se atreveu a contrariá-lo. A única coisa que poderia fazer, era orar pela alma do desconhecido.
Ava passou o dia trancada em seu apartamento, tentando dar um sentido a tudo o que estava acontecendo.
O que Sara tinha a ver com Damien?
Se lembrou de quando a conheceu. Sara era uma típica garota americana, com uma família americana...
Damien era só um advogado brasileiro, com uma família brasileira.
Aonde aquelas histórias se uniam?
Ava estava deixando passar alguma coisa, algo importante, a peça que faltava no quebra cabeça.
— Pensa, Ava... – Disse para si mesma. – O que você não está enxergando?
Pedir informações a Sara estava fora dos planos. Ela a conhecia, ela não falaria nada sobre seu passado.
Ela sorriu ao lembrar de Sara. Sentia falta dela, do cheiro e do corpo dela. Ava queria ter o poder de mudar aquela situação, transformá-la em algo insignificante, depois ela fugiria com Sara, mesmo contra a vontade da jovem.
Estava decidida, ela procuraria Sara. Imploraria para que fugisse com ela e desistisse de todo aquele papo de vingança.
Elas poderiam viajar, ou morar em uma cabana... Qualquer coisa, desde que estivessem juntas e longe da família Darhk.
Ava pegou as chaves do carro, e quando já estava no estacionamento, seu celular tocou.
Ruvé.
Ela revirou os olhos, já pensando no problema que Nora podia ter aprontado.
Não, ela não queria saber.
Depois da quinta vez, Ava decidiu atender, pois poderia ser algo sério:
— Ava... – Ruvé parecia aflita. – Corre para cá... Rápido... Antes que ele morra.
"Sara" - foi a primeira coisa que ela pensou.
Na cabeça dela, Sara tinha ido até a casa da família Darhk e atacado Damien.
— Droga! – Ela entrou no carro e pisou fundo, sem nem mesmo se importar com os sinais de trânsito.
Se Sara tivesse mesmo atacado Damien, ela estaria em perigo.
Será que Ruvé tinha chamado a polícia?
Não, ela não podia pensar negativo.
Chegaria a tempo de livrar Sara da cadeia.Em vinte minutos, Ava fez um caminho que costumava levar o dobro de tempo. Provavelmente, ela receberia umas boas multas, mas não queria pensar sobre aquilo.
Ela respirou aliviada, ao chegar na casa e não encontrar nenhum carro da polícia.Ava correu para dentro, e encontrou Ruvé no meio do caminho. A sogra estava na beira de um ataque de pânico, suas mãos tremiam e ela mal se mantinha em pé:
— Calma. – Pediu. – O que aconteceu?
— Ele... Eu não pude... Damien não... – Ruvé tentava, mas não conseguia formar uma frase.
Ela tentou seguir as ordens do marido, e mesmo sendo adúltera, Ruvé não se considerava uma pessoa ruim, e de fato não era.
Ela não conseguiu ficar assistindo um homem morrer, mas também não podia desafiar Damien.
Ruvé pensou e pensou, até que encontrou uma solução. Se ela tinha medo de Damien e por isso seguia as ordens dele, ela conhecia alguém que se lixava para o poder de Damien. Então teve a ideia de chamar Ava.
— Salve ele. – Ela disse, apontando para o corpo em seu tapete.
Ava correu até lá, e travou ao ver quem estava caído no chão:
— Quentin. – Ela correu até o ex sogro, e se ajoelhou ao lado dele.
Ava não era médica, mas entendia um pouco de primeiros socorros. Coisas que eram necessárias para uma viajante independente:
— Liga para a ambulância. – Gritou para Ruvé, que continuou parada. – Porra, qual o seu problema?
— Damien me proibiu...
— Esquece esse cretino, filho da puta, e liga para o socorro! – Falou, sentindo a adrenalina subir. – Anda.!
Ruvé pegou o celular de Ava e chamou a ambulância, que não demorou a chegar.
Os enfermeiros estavam colocando Quentin na maca, quando Damien apareceu na sala:
— Esse homem não vai sair daqui. – Disse, tomando um gole de seu whisky.
Ava não pôde mais se segurar, e jogou o sogro na parede.
— Olha aqui. – Disse, entredentes. – Se esse homem morrer, eu juro que acabo com você.
Damien riu da ousadia daquela fedelha. Pobre menina, não tinha idéia de com quem estava brincando:
— Não tenho medo de você.
— Deveria. – Disse, acertando um soco no sogro. – Podem levá-lo, eu vou atrás com meu carro.
Os enfermeiros saíram com Quentin na maca, Ava estava indo atrás, quando encontrou Nora na entrada da casa.
A morena estava acompanhada de um rapaz alto, com cara de poucos amigos. Ava fez a menção de chamá-la, mas mudou de idéia, ao ver Nora aos beijos com o rapaz.
Ava não sabia explicar ao certo o que sentiu. Talvez se sentiria pior, se não tivesse um problema maior em mãos. Mas a verdade era uma só, e veio por meio de uma voz sexy e aveludada.
"Sabe o que me diferencia dela? Eu não me escondo atrás de um rosto choroso de boa moça."
Sara estava certa. Esteve certa durante todo aquele tempo. A família Darhk era de fato, uma família imunda.
As máscaras começaram a cair, e Ava percebeu a besteira que tinha feito.
Ela tinha se precipitado em seu julgamento. A cada dia que passava, Sara se tornava menos vilã e mais vítima.
Ava balançou a cabeça, tinha coisas mais importantes pra se preocupar, e andou até o "casal" apaixonado.
— Será que já posso sair com meu carro? – Falou, apontando para o veículo que eles estavam apoiados. –'Ou você quer fodê-la no capô primeiro?
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Revenge | Avalance Version
أدب الهواة- Por que a deixou viva? - Um dos capangas perguntou. - Ela é só uma criança idiota - O patrão respondeu com desdém - Não vai fazer mal a ninguém. - Errou! - Ela sussurrou sorrindo. 🚨FANFIC ADAPTADA🚨 Obra original: Alren - @Ally_Ligth Adaptação: A...