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Que merda!

— Não — resmunguei ao ouvir o som irritante voltar a tocar.

Minha cabeça doía muito, mal consegui abrir os olhos sem achar que iria morrer.

Por quê bebi tanto?

Apalpei a cama até encontrar aquele maldito celular que não deixava de tocar, logo que o encontrei atendi colocando o celular próximo a  minha orelha.

— Tire o celular daí baranga, consigo ver os pelos do seu tímpano — pude reconhecer a voz de Sophie, mesmo estando "inconsciente".

Ergui as minha mãos para manter o celular no centro, podendo mostrar o meu rosto.

— O que você quer,desocupada? — perguntei sem abrir os olhos.

Estava, realmente muito cansada. Além disso estava dolorida.

— Abre o olho para falar comigo,vadia — Sophie berrou me fazendo abrir os olhos quase que automaticamente.

— Até com kilómetros de distancia você consegue me importunar — reclamei, com uma  imensa vontade de chorar.

Minha cara estava horrível, mas pelo menos estava sem a maquiagem da noite anterior. E sem a roupa, já que estava vestindo o meu pijama.

Será que tinha sido o Nicholas a fazer isso?

Claro que sim, quem mais faria? — meu subconsciente berrou, me lembrando que sequer sabia quem eu era na noite anterior do tanto que eu tinha bebido.

— Eu não acredito que você realmente cumpriu com o que me prometeu!!! — ela disse entusiasmada.

— Isso está me custando muito, se quer saber... — me interrompi, confusa — como você sabe disso?

Não que eu não fosse contar que fui para uma festa e que conheci gente lá.

— Você postou no seu insta — ela disse se controlando para não rir.

Provavelmente já tinha notado o que tinha acontecido.

Por qual motivo eu postaria fotos no meu instagram sendo que eu mal uso qualquer aplicativo ou até mesmo o próximo celular?

— Tinha um cara lá, que estava bastante próximo de você nas fotos — ela continuou, fazendo uma expressão estranha — um cara alto, de cabelo castanho cacheado... é um novo amigo? — ela tinha perguntado bem, mas dava para notar de longe que estava insinuando alguma coisa .

Ri da imaginação dela.

— É, ele é meu amigo — respondi, tomando coragem para levantar da cama ignorando a dor de cabeça infernal — É o filho da futura esposa do meu pai, logo é meu irmão também.

— Se bem que tecnicamente vocês não são irmãos — ela continuou com as insinuações, erguendo as sobrancelhas.

Aquilo me fez soltar outra risada.

— Ele é gay — eu disse em voz alta aquilo que venho pensando desde que comecei a passar mais tempo com ele — então, mesmo que não sermos irmãos de sangue não seja um impedimento a orientação sexual dele com certeza é.

— Okay — Sophie disse extremamente envergonhada — Hudson me procurou várias vezes durante a semana.

Aquilo sim me fez ficar em choque.

Parecia que as dores de cabeça tinham aumentado consideravelmente, minhas pernas estavam bambas tão bambas que parecia que eu iria cair se tentasse ao menos me levantar.

Dear (B)romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora