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Minha cabeça doía.

Minhas mãos estavam atadas atrás da cadeira em que estava sentada, meus olhos ainda estavam vendados, mas o resto do rosto estava descoberto.

O desespero só aumentava a cada segundo que passava.

O que estava acontecendo?

O som de algo caindo me fez perceber que eu não estava sozinha ali, o que naquele momento me fez questionar se eu devia ficar aliviada ou preocupada.

— O que vocês querem? — questionei tentando ignorar o nó na minha garganta.

— Parece que a princesa acordou — alguém disse, mas não dava para saber se a voz era de uma mulher ou de um homem.

Era como se tivesse usado alguma coisa para modificar a voz.

— Se é dinheiro o que vocês querem...

— Já começou pisando em ovos — o sujeito me interrompeu — Qual é o seu nome?

Franzi o cenho.

Devia ficar preocupada ou aliviada?

Que tipo de raptor se importa com o nome da pessoa que serve de negócio?

— Para quê quer saber? — questionei na defensiva e senti algo ser jogado na meu rosto.

Era algo fresco, mas com um cheiro horrível. Cheirava a podre.

Que merda estava acontecendo?

— Vou perguntar mais uma vez — alertou — Qual é o seu nome?

— Rosemary — respondi apressada, sentindo ânsia por causa daquele cheiro.

— Rosemary o quê?

— Clarkson — respondi com medo dele jogar aquilo de novo — Rosemary Clarkson.

— Pois bem, Rose — senti arrepios — neste momento tem 48 outras pessoas em outros cantos desta faculdade, 24 no meu lugar e 24 no seu lugar.

Confesso que me senti aliviada por saber que não passava de um trote, mas mentiria se dissesse que não estava assustada.

Estava numa faculdade com um bando de psicopatas.

— Nós temos uma hora para terminar isso, se você der 10 respostas certas nós ganhamos e você vai poder sair daqui mais rápido — explicou.

— E se eu errar? — questionei.

— Para cada resposta errada, uma certa será anulada. Então é melhor que não erre, pois você já deve ter percebido o que acontece quando erra,  não é?

Aquela merda não!

— Percebi.

— Por quê escolheu cursar arquitetura?

— Porque é o meu sonho, sempre gostei de...

Senti ele jogar aquelas merda de novo e senti uma vontade enorme de chorar

Aquela era a merda de uma pergunta individual! Eu podia responder como quisesse.

— Não quero saber sobre a sua história de vida, princesa — disse — seja objectiva, quero respostas dinâmicas.

— Por quê escolheu cursar arquitetura? — perguntou novamente.

— É um curso extraordinário, poder idealizar e construir algo é maravilhoso. Por quê não devia escolher cursar arquitetura? Porra — gritei eufórica.

Dear (B)romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora