Acordei com um sacolejo leve, mas insistente. Minha cabeça parecia pesada, e meus olhos estavam colados de sono. Tentei me virar para o lado, tentando me afastar da sensação de ser puxada de volta à realidade, mas a voz animada de Sophie interrompeu qualquer chance de voltar a dormir.
— Rose! Acorda, garota! — Sophie praticamente cantava, sua empolgação contagiando o ambiente.
Resmunguei algo ininteligível, ainda com o rosto afundado no travesseiro, e puxei o cobertor por cima da cabeça, tentando bloquear a luz que entrava pela janela.
— Sophie, eu passei a noite em claro... Me deixa dormir mais um pouco, por favor.
Mas Sophie não se deixava vencer tão facilmente. Ela puxou o cobertor, expondo-me ao ar frio do quarto e me forçando a abrir os olhos. O brilho no olhar dela era impossível de ignorar, e, apesar da irritação, comecei a me sentar na cama, esfregando os olhos para afastar o sono.
— Você não vai acreditar no que te espera! —Sophie disse, a voz carregada de uma animação quase infantil.
Eu sabia que ela não ia sossegar enquanto eu não me levantasse, então decidi ceder, mesmo que um pouco contrariada.
— Tá bom, tá bom, já estou indo — murmurei, ainda sentindo o cansaço pesar sobre mim. Levantei-me da cama e segui Sophie, que praticamente saltitava à minha frente, me puxando pelo corredor em direção ao hall de entrada.
— O que está acontecendo? Pensei que as surpresas tinham acabado ontem — perguntei, confusa e um pouco desconfiada. Mas Sophie apenas sorriu misteriosamente e me pediu para fechar os olhos.
— Confia em mim, vai valer a pena — disse ela, com um tom que não deixava margem para dúvidas.
Suspirei, mais curiosa do que preocupada, e fechei os olhos. Senti Sophie segurar minha mão, me guiando com cuidado pelo corredor e depois para fora da casa. O ar fresco da manhã tocava minha pele, e o barulho suave das árvores balançando ao vento preenchia o silêncio.
Paramos de repente, e Sophie me soltou.
— Agora pode abrir os olhos!
Eu abri os olhos, e por um segundo, o mundo ao meu redor pareceu parar. Diante de mim, havia um carro. Não qualquer carro, mas um belo BMW Série 3, com uma pintura metálica em um tom cinza escuro e uma enorme fita vermelha amarrada ao redor dele. Meu queixo caiu, e eu quase perdi o equilíbrio, o impacto da visão me atingindo com força.
— Não... pode ser — murmurei, incrédula, enquanto meu coração acelerava. Eu mal conseguia acreditar no que estava vendo.
O barulho de passos atrás de mim me trouxe de volta à realidade, e me virei para ver meu pai se aproximando, com um sorriso satisfeito no rosto. Ele parecia orgulhoso, como se estivesse aguardando exatamente essa reação.
— Rose, — ele começou, sua voz firme e ao mesmo tempo carregada de carinho — você cresceu, está construindo sua vida, e acho que era necessário que você tivesse seu próprio carro. Espero que isso te ajude a alcançar ainda mais seus sonhos.
Eu fiquei sem palavras. Não conseguia encontrar nada para dizer que pudesse expressar o que estava sentindo. Apenas corri para abraçá-lo, apertando-o com força, as lágrimas começando a se formar nos meus olhos.
— Obrigada, pai... Eu nem sei o que dizer. Isso é... é incrível!
Ele riu, passando a mão carinhosamente pelos meus cabelos.
— Você merece, Rose. E sei que vai cuidar bem dele.
Minha mãe também estava por perto, seus olhos brilhando de felicidade por mim. Soltei meu pai e a abracei também, sentindo uma onda de gratidão e amor por tudo que eles estavam fazendo por mim.
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Dear (B)romance
Fiksi RemajaRose mal podia acreditar na situação em que se encontrava. Ela não só tinha ido para uma nova cidade onde conheceria novas pessoas, mas também tinha ido para uma cidade onde teria um estilo de vida completamente diferente do que estava acostumada. S...