Capítulo 52

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Miguel

Assim que chegamos em casa, abro a porta do carro para Violet e a pego no colo. Ela solta uma risadinha.

Achei melhor virmos de carro por conta da gravidez, já que a moto não é tão segura quanto. Enquanto nosso filho não nascer, deixarei a moto pra andar somente sozinho e quando estiver com ela, uso o carro. A segurança da minha mulher e do meu bebê sempre vem em primeiro lugar.

- Sabe que estou bem, não é? - Violet diz risonha a medida que a levo pra dentro de casa. - A médica disse que nosso filho está bem e saudável, não precisa se preocupar tanto, amor. Estamos a salvo.

Não respondo nada, apenas subo as escadas e entro no nosso quarto, que antes era somente dela, mas desfiz do meu e transferi minhas coisas para cá, agora é nosso. Mas não importa muito, porque tenho planos de mudar de casa.

O cômodo está totalmente limpo e arrumado. Pedi a Lupe para preparar tudo enquanto estávamos no hospital. Quero que Violet tenha todo o conforto necessário.

Coloco-a no chão e olho no fundo dos seus olhos.

- Eu sempre vou me preocupar com você, mi amor. - Coloco uma mecha de seus cabelos negros que estava caindo em seu olho atrás de sua orelha. Acaricio sua bochecha e beijo sua testa. - Quando descobri que foi sequestrada foi como se alguém enfiasse e tirasse uma faca vezes incontáveis no meu coração. Saber que você e meu filho estavam nas mãos daqueles cabrones me deixou maluco. Me senti impotente e um fraco.

Sinto lágrimas saírem por meus olhos. Nem me lembro a última vez que chorei na minha vida.

- Eu te amo tanto que dói, Violet. Nunca mais vou deixar que isso aconteça, nem com você e nem com nosso bebê. Vou protegê-los com minha vida para sempre.

Ela chora assim como eu e gruda nossos corpos, colocando seus braços ao redor do meu pescoço.

- Eu te amo, Miguel. - Sua voz sai chorosa.

Ela gruda nossos lábios e senti o gosto salgado das nossas lágrimas misturadas. Abraço sua cintura e correspondo ao beijo da maneira mais apaixonada o possível. Nossas línguas travam uma batalha por espaço até o nosso ar fazer falta.

Não é um beijo movido pelo tesão ou atração. É um beijo de amor, de saudade e de carinho. Despejamos todas nossas frustrações e feridas, e nos entregamos a esse sentimento tão puro quanto a água.

Coloco-a no colo, com suas pernas ao redor de mim e a levo em direção ao banheiro.

Tiro toda sua roupa e tiro a minha também. Deixo a água do chuveiro em uma temperatura agradável e pego Violet novamente no colo, levando-a pra dentro do box.

A água parece limpar nossa alma e cicatrizar as feridas. Meus machucados ardem um pouco, mas não me importo, quero ficar junto de minha mulher. Beijo seu pescoço, seus cabelos, seu nariz, seios, qualquer parte de seu corpo. Não é no sentido sexual, estou apenas mostrando o quanto eu a amo.

- Casa comigo. - Solto de uma vez.

Ela que estava distraída com meus beijos se assusta com minha declaração repentina e arregala os olhos.

- O que? - Pergunta confusa.

- Casa comigo, Violet. - Repito. - Desde que chegou aqui, eu sou um homem diferente. Você chegou aqui, toda patricinha, com vestido de noiva, o cabelo todo bagunçado, roubou meu coração e nunca mais devolveu. Você levou um pedaço de mim e ele pertence somente a você, assim como também entregou uma parte sua a mim. Somos um do outro. Somos uma família. Eu, você, nosso bebê e os futuros filhos que tivermos. Eu quero isso com você.

A Mulher do ChefeOnde histórias criam vida. Descubra agora