Capítulo 10

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Após terminar meu almoço e cuidar da louça, verifique meu relógio e percebo que o jogo do Atlético Franciscano está prestes a começar. Decidido, então, vestir minha camisa do time, abrir uma cerveja e ligar a televisão para assistir à partida, sendo cuidadoso para não fazer barulho e não atrapalhar Alice, que está concentrada em seu trabalho.

No primeiro tempo, o time adversário marcou um gol, deixando o placar em 1x0 contra nós. Aproveito o intervalo para tentar apaziguar a situação com Alice; Uma das minhas habilidades é deixar conflitos para trás, não suportar brigas.

Pego um pedaço de cheesecake que havia guardado na geladeira e bato delicadamente na porta do cômodo onde ela está. Ela me permite entrar e olha com curiosidade para o prato que estou segurando.

— De onde veio isso? — disse ela, com um ar de confusão.

— Trouxe do trabalho. - respondi.

— Ah, então essa é a... — ela começou a mencionar o assunto da discussão anterior, mas a interrompi:

— Só experimente, por favor. Isso está incrível.

Ela me encarou por um instante, pensando no que fazer, até que finalmente cedeu e deu uma mordida.

— Como eu nunca provei isso antes? — exclamou surpresa. — Acho que agora é a minha sobremesa preferida também.

Dei uma risada, aliviado por termos deixou a briga para trás.

— Eu sabia que você gostaria.

— Você tinha razão, só dessa vez. — ela disse, provocando-me com um sorriso nos lábios.

— Você ainda quer ir ao churrasco do Oliver amanhã? — perguntei, no mesmo momento em que o telefone dela começou a tocar.

— Sim! — ela respondeu animada, pegando seu telefone com entusiasmo. — Podemos ir?

— Ainda bem. Já confirmei com ele que nós vamos. — Alice soltou um grunhido animado e atendeu o telefone, enquanto eu saía do escritório.

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— Você pegou tudo, Fe? — perguntou Alice, enquanto ajustava o cinto de segurança.

– Sim. — respondi, terminando de arrumar as sacolas no banco traseiro.

— Tem certeza? Você sempre esquece alguma coisa. — ela me questionou com um tom de preocupação.

Respirei fundo antes de responder:

— Tenho certeza.

Após autorizar o motorista do táxi a dar a partida, percorreremos alguns quilômetros até chegarmos à casa de Oliver. Logo quando entramos na rua, já pudemos ouvir música alta e agitação. Pegamos as carnes e cervejas que trouxemos e nos dirigimos à churrasqueira. Grande parte dos convidados eram pessoas que conhecíamos bem, incluindo ex-colegas de trabalho e suas famílias.

— Felipão, aí sim. — Oliver me recebeu com um abraço. — Não acredito que vocês realmente vieram.

— E aí, como vocês estão? — cumprimentei meu amigo.

— Melhor agora com vocês aqui. Podem se sentar. — ele nos convidou, procurando cadeiras vazias ao redor. — Brenda, traga cadeiras para eles. — pediu à esposa.

Enquanto Oliver organizava as cadeiras, aproveitei para guardar as cervejas que trouxemos na geladeira e pegar outras mais geladas do freezer para mim e para Alice.

— O Atlético tomou um pau ontem, hein? — provocou outro ex-colega de trabalho, Caio.

— Ah, esses caras são muito preguiçosos, que joguinho mais feio.

Entre o Perigo e a PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora