Uma mulher logo na entrada, pegou meu documento e cobrou o valor do ingresso no pub. Estendi meu punho para que ela colocasse uma pulseira. O segurança abriu a porta e automaticamente uma lufada de ar abafado e quente fez minha pele arder e o som ficou instantaneamente alto. Algo entre música eletrônica ou um deephouse.
Havia uma nuvem de pessoas que eu apenas conseguia distinguir pelas cabeças se movimentando. Era um bar que se tornava uma mini balada. Jessica omitiu essa parte, é claro.
Me joguei pelas pessoas, sendo espremida. Pedia licença ao gentilmente ter que empurrar alguém para conseguir abrir caminho Por sorte, a área onde havia mesas estava mais vazia e foi fácil encontrar Jessica em um canto acompanhada de gente desconhecida.
— Ah, você veio! — Disse ela empolgada.
Jessica estava deslumbrante com seu look all black de couro. O cabelo preso em rabo* de cavalo e um batom vermelho cintilante nos lábios. O perfume dela era muito agradável.
— Eh, eu disse que viria! — Suspirei sem jeito. Todos a mesa pareciam bem vestidos e eu me sentia deslocada.
— Gente, se espremam e deem espaço para Mahana se sentar. Senta lá, amiga. É hora de diversão.
Havia três homens e uma mulher. Eu era a terceira garota ali. Eles aparentavam ser gentis ao se ajeitarem no banco e sorriam cordialmente.
— Trabalha com Jessica na escola?
Um rapaz de cabelos levemente cacheados no topo na cabeça brincava com seu copo de cerveja pela metade.
— Trabalho. Sou professora de biologia.
A atenção dos outros se voltavam para mim. Eu nunca fui de me achar interessante ou receber atenção daquele jeito.
— Vocês não vão acreditar. Mahana dá aula para a filha do Asaloom Youssef.
A moça do outro lado, ajeitou os cabelos loiros longos ondulados e se inclinou para frente, parecendo muito mais interessada no assunto.
— O bonitão esquisito? — Perguntou ela em um tom comedido.
— É, Louise, ele mesmo. Conta pra Mahana que você já transou* com ele! — Jessica disse isso sem qualquer cerimônia.
Louise olhou para baixo, como se lembrasse de algo. Estava visivelmente desconfortável.
— Não foi algo bom. — Disse Louise. — Nem gosto de me lembrar.
— Mas ele é um gato! — Jessica sorria.
Eu fiquei de escanteio, observando amigos conversarem entre si. Gostava mais daquela posição a ser o centro das atenções no grupo.
O rosto de Louise não era estranho. Em alguns momentos eu poderia jurar que era a mesma mulher que eu vira no meu sonho lúcido pela tarde.
Era uma coincidência estranha. Eu preferia acreditar que era meu cérebro tentando atribuir significado e sentido às coisas, aos meus sonhos principalmente.
— Deixem isso pra lá. — Louise sugava seu drink pelo canudinho.
— Vocês, meninas, são muito emocionadas. Esse Asaloom não é tão bonito assim. — Desdenhou o rapaz da esquerda.
Acho que Jessica o chamou de David.
— Tá com ciúme, Davi? — Jéssica ria levemente alterada.
— Ah, eu me garanto, bonitinha. Você sabe.
David olhou com malícia* para Jessica e ela fez um biquinho para ele.
— Ui, como você é bravo, bebê!!!
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Asaloom
RomansaMahana, após uma dura separação de seu marido, é selecionadas para ser professora de Biologia já em um colégio na misteriosa cidade de Sundale, ao Sul do país. Logo que chega a cidade, ela escuta falar do poderoso Ásaloom Youssef, um descendente de...
