✧*・゚*✭˚・゚✧*・゚✧*・゚*✭˚・゚✧*・゚
No dia seguinte esbarrei com Jessica sentada na mesa da sala dos professores. Ela estava com um semblante cansado e olheiras profundas abaixo dos olhos, resultado de uma provável ressaca da noite anterior.
Eu estava com uma leve dor de cabeça, mas imaginava que fosse ficar pior que Jessica e, graças a Deus, não foi o que aconteceu.
— Onde você se meteu ontem? — Perguntei abrindo o meu armário.
— Passei a noite om David. — Ela franziu a testa em sinal de dor — Muito arrependida, por sinal! — completou ela massageando as têmporas.
— Arrependida de ter bebido?
— Não, de ter ido embora com David. Ele é horrível* na cama. Eu devia ter colocado um GPS no meu clítoris*, quem sabe ele tivesse encontrado.
Eu ri da maneira rápida com que ela respondeu. Mas retorci o lábio em reação a noite dela que não havia sido boa.
— Eita, sinto muito.
— É, acontece as vezes. O duro* é que nunca sei identificar previamente um homem ruim* de cama. Aí acabo me metendo* nessas furadas. Mas e você, Mahana. Como foi com Carlo?
Quer dizer que as pessoas presumiram que eu passara a noite com aquele cara asqueroso?
— Não sei dele... — Eu omitia o fato de Asaloom ter aparecido para me salvar — Chamei o meu Uber e fui para casa. Nada de mais.
Eu omitia a informação, pois estava pouco disposta a responder as inúmeras perguntas que Jessi faria quando soubesse que Asaloom me salvou das garras do amiguinho safado* dela. Além do mais, eu não queria ser chamada de vadia* pelas costas, como Jéssica se referiu a Louise quando estávamos no banheiro.
— Como não sabe? Achávamos que ele não respondeu às mensagens porque estava com você.
— Ele ficou na frente do pub. Eu entrei no Uber e voltei para o meu chalé., como disse. Não sei dele.
Jessi deu de ombros e fechou os olhos, como se sentisse uma pontada de dor súbita. Ainda massageava as têmporas.
— Depois ele aparece. Deve estar bêbado e sem bateria.
— Uhum, deve... — Assenti.
Logicamente me recordava pela enésima vez de Asaloom estalando os dedos e Carlo caindo de dor no chão. Quem deve tê-lo socorrido? Ou a dor passou e Carlo levantou-se para ir embora?
Se Jéssica ou qualquer um naquela cidade soubesse do que vi, certamente diriam que Asaloom usara poderes psíquicos satânicos e maçônicos para afligir Carlo. Ok, não tão dramático assim, mas certamente o associariam a cosias macabras* e sobrenaturais. Eu até ri comigo mesma dessa possibilidade.
— Tá rindo de que, Mahana?
— Hum, de nada. Relaxa
— Bem, vou para minha aula agora. Vou passar um lindo filme. Não vou suportar aqueles adolescentes berrando na minha orelha.
— Qual filme?
— Os miseráveis.
— O musical de três horas?
— Esse mesmo, com o gostosíssimo do Hugh Jackman.
— Pelo menos aborda algo sobre a Revolução Francesa — Deduzia.
— É, acertou de novo, espertinha.
— Mas é um filme lento demais. Os seus alunos vão dormir, Jess.
— Sim, Deus te ouça. E ainda vou apagar as luzes. Todos nós iremos dormir por três horas. Uma maravilha!
Era uma ideia boa até.
— Boa sorte pra você, então!
— Para nós duas, meu bem. Para nós duas.
Também apanhei o meu material e fui para a sala.
NOTA DA AUTORA: Uma coisa bem estranha vai acontecer com a filha de Asaloom. E acho que ele vai ficar muito pistola hahahaha. Bora pro próximo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Asaloom
RomanceMahana, após uma dura separação de seu marido, é selecionadas para ser professora de Biologia já em um colégio na misteriosa cidade de Sundale, ao Sul do país. Logo que chega a cidade, ela escuta falar do poderoso Ásaloom Youssef, um descendente de...
