。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆XVIII. DEJÀVUS。・:*:・゚★,。・:*:・゚☆
2209 words
A definição de Dejavu é: já ter visto algo, ou a sensação de ter vivido uma experiência. E não, eu não estou falando ao fato de Asaloom estar parado na porta da minha casa perguntando se era um momento ruim*. Eu me refiro ao que os meus sonhos lúcidos foram capazes de me fazer experimentar.
Mas enfim, vamos aos fatos.
Asaloom me olhou por um tempo e não era preciso muita inteligência para notar que a camisa social branca que eu vestia era masculina e três números maiores que o meu tamanho.
— Má* hora?
Asaloom insinuou com a cabeça olhando pela fresta da porta em direção ao meu quarto. Obviamente deduzia o que eu fazia minutos antes dele bater à minha porta.
— Um pouco tarde — Respondi corada de vergonha — Mas se veio discutir a essa hora da noite, devo dizer que não estou disposta.
— Espera, não é isso.
— O que seria, então?
— É sobre Violet. Ela não está nada bem.
— Como assim? Outra crise de ausência?
Asaloom olhou para o chão, parecia culpado por algo, sem conseguir me encarar nos olhos como comumente faz. Acho que foi a primeira vez que o vi relativamente abatido desde que nos conhecemos. Geralmente estava pleno e com um semblante altivo, ou seguro de si.
— Não, isso está sob controle. Quando ela toma os medicamentos não costumam ter crises como teve no colégio.
— Então o que é? Estou ficando preocupada.
.— Violet não come há alguns dias. Desde ontem ela está estranha e hoje não quis sair da cama quando chegou do colégio. Violet também chamou por você. O dia todo, na verdade. Até eu não aguentar mais vê-la naquele estado e decidir vir procurá-la. — Asaloom desviou olhar para os pés direito, que batia impaciente no assoalho da varanda. Era vergonha?
Naquele instante eu sentia que as palavras saiam com certo esforço pelos lábios de Asaloom, como se admitir que precisava de algo relacionado a mim lhe causasse dor. Ainda mais depois das últimas discussões que tivemos. Não devia mesmo ser uma tarefa fácil pedir a minha ajuda.
— Nossa, serio isso? Pobre* Violet. Mas como posso ajudar?
— Bem, sei que já está tarde e que você... — Ele olhou mais uma vez em direção ao meu quarto e depois para a camisa que eu vestia, com um tom insinuativo — ... Bom, deve estar ocupada. Mas talvez pudesse vir comigo vê-la.
Minha afeição por Violet apenas aumentava no decorrer dos dias e talvez fosse algo sério, considerando que o pai dela veio até a porta do meu chalé pedir por ajuda da professora que há alguns dias ele quis expulsar de Sundale. Porém, também precisava ser racional.
— Já falou com algum médico?
Asaloom riu, como se a minha pergunta fosse algo óbvio e que ele já tivesse feito.
— Sim, Mahana, foi a primeira coisa que fiz. Mas o doutor que a visitou não identificou problema algum aos exames. E se você não puder vir, eu vou entender. Apenas vim aqui porque, como disse, Violet não para de chamar por você. — Asaloom perdia um pouco da paciência.
Era uma encruzilhada. Eu nunca poderia imaginar que receberia uma visita daquelas em meio ao meu encontro com Steven, que por acaso, gritou do quarto perguntando se eu estava bem.
— Sim, está tudo bem. Eu já estou indo — Gritei da porta.
Asaloom ficou me fitando. Eu estava corada de vergonha. Agora ele tinha certeza do que eu fazia no meu chalé. Não que fosse da conta dele, mas, em geral, quanto a minha vida pessoal eu costumo ser muito discreta.
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Asaloom
RomanceMahana, após uma dura separação de seu marido, é selecionadas para ser professora de Biologia já em um colégio na misteriosa cidade de Sundale, ao Sul do país. Logo que chega a cidade, ela escuta falar do poderoso Ásaloom Youssef, um descendente de...
