Os olhos de Carlos fumegavam, ele devia ter certeza de que eu terminaria aquela noite na cama dele. Pude ler o ego do homem ferido dele facilmente. Acho que não seria uma tarefa fácil conseguir outra aquela hora da madrugada Era como se eu o tivesse atrapalhado.
Saí do pub e o lado de fora estava mais frio do que quando eu cheguei. Havia poucas pessoas na rua e ao lado da calçada que eu estava ficou abarrotado de táxi.
— Moça, acho melhor atravessar a rua e pegar seu uber do outro lado. Com esse monte de taxi aqui vai ser difícil algum motorista de aplicativo aceitar sua corrida..— Disse o guarda do pub.
— Ah sim, obrigada. acho melhor também.
Me sentei em uma mureta e fiquei esperando algum motorista aceitar minha corrida. A maioria cancelava, acredito que pela distância não tão longa.
Que azar, pensei.
Passaram-se vinte minutos , a rua começava a se esvaziar. Mas era Sundale, que mal* poderia haver?
Bastou pensar nisso, e Carlo saiu pela porta do pub, olhando para os lados. Eu me encolhi dentro da jaqueta e desviei o olhar, tentando ignorá-lo e torcendo para que não viesse até mim.
Nem é preciso dizer que não adiantou e logo a voz grave dele me chamava.
— Ei, Mahana.
Eu ergui os olhos e sorri um riso amarelo.
— Ah, Carlo — Fingia surpresa — Acabou lá no pub?
— É, acho que já tá no fim. Sem sorte com o uber?
— Um pouco — eu disse olhando para a tela do celular.
Estava torcendo para que algum motorista aceitasse de vez o meu chamado e me livrasse da companhia daquele cara.
— Eu tô de carro, vem que eu te deixo em casa. Só me dizer onde mora.
Ao dizer isso, notei que os olhos de Carlo eram mais escuros, talvez sombrios, como se houvesse uma maldade implícita.
— Agradeço, Carlo, mas vou de uber. — eu me levantei e tomei certa distância.
Eu queria sinalizar de algum modo que não estava à vontade com ele, e acho que Carlo notou. Porém, ao invés de afastá lo, ele chegou mais perto e disse com certa irritação:
— Qaul foi? eu não sou atraente pra você?
— Não é isso, Carlo. Eu apenas quero ir pra casa.
— Ah, para, gatinha. Para de charme!— Riu com escárnio — vocÊ tava toda se oferecendo lá dentro, e agora faz esse showzinho, como se fosse difícil?
— Carlo, eu acho que você me interpretou de uma maneira completamente equivocada. Mas de todo modo, desculpe se eu transpareci algo que você não gostou.
Ele sorriu de maneira leviana.
— Vem cá! Para de graça!
Carlo me puxou com força. Não havia ninguém na rua, até mesmo o segurança do pub havia saído do posto onde estava.
— Carlo, me solte. isso tá indo longe demais.
— Você vai me beijar, eu sei que você quer.
Eu desviava os lábios, tentando impedi-lo. Mas Carlo era forte e sobretudo, insistente.
— Só um beijo, caramba. Para de ser difícil... Você vai gostar. Eu sei fazer gostoso.
— Me solta, por favor. de verdade, não tem graça, Carlo.
Meus olhos começaram a ficar assombrados, eu tinha um medo ao vislumbrar a feição de Carlo.
— Vem, vamos pro meu carro..
— Me solta!!!!
— Eu não vou soltar você, garota. Vem... — ele me puxou pelo punho.
Neste momento, um vulto preto passou rapidamente pelas costas de Carlo e eu estremeci, sentindo o ar deslocado se transformar em uma brisa quente lambendo meu rosto e bagunçando meus cabelos. Acho que Carlo também percebeu, pois sua feição se alterou.
Carlo olhava fixamente para algo atrás de mim. Depois eu notei uma respiração profunda pelas minhas costas, como se um animal feroz estivesse a espreita.
— Acho que ela disse para você soltá-la.
Ao ser liberta das garras de Carlo, eu me virei e vislumbrava Asaloom, vestindo preto. Estava com uma camisa social bonita e dobrada até os cotovelos. Não parecia sentir o mesmo frio cortante.
— Está tudo bem aqui, ninguém chamou você —disse Carlo aparentemente inseguro.
— Eu disse para soltá-la — Asaloom o olhava de cima, por ser mais alto. Seus olhos ardiam feito chamas e as sobrancelhas estavam contraídas, como se estivesse com raiva.
— E se eu não quiser? — Disse Carlo.
Acho que Carlo queria demonstrar virilidade
Asaloom não disse nada, apenas ficou ali, fitando Carlo por laguns segundos. Uma respiração profunda e quase ruidosa.
E então algo de estranho aconteceu. Asaloom estalou o dedo e como se fosse uma mágica ou feitiço, Carlo simplesmente caiu no chão se retorcendo todo, aparentemente sentindo uma dor insuportável.
— O que houve com ele??? — eu perguntei assustada — Por que ele está gritando???
— Nada que ele não mereça. — Respondeu Asaloom secamente — Agora venha. Ou vai ficar com pena? Se soubesse o que ele estava planejando fazr com você...
Eu fiquei olhando Carlo caído no chão se debatendo. Mas não havia nada, nem sangue ou uma arma nas mãos de Asaloom. Não seria possível: Asaloom estalar os dedos e fazer outra pessoa sentir dor. Seria?
NOTA DA AUTORA: E aí? Qual o palpite de você com relação ao Asaloom??? Curiosas???
Deixem o voto, comentem e adicionem a bilbioteca.
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Asaloom
Любовные романыMahana, após uma dura separação de seu marido, é selecionadas para ser professora de Biologia já em um colégio na misteriosa cidade de Sundale, ao Sul do país. Logo que chega a cidade, ela escuta falar do poderoso Ásaloom Youssef, um descendente de...
