Secreta Obsessão - Obstinados Livro 3

Capítulo 27

Alina

Depois de superar o drama inicial com Octávio, e permitir que ele me mostrasse mais da pessoa que ele é agora, voltamos para dentro da casa, onde me trouxe uma caixa de fotos minhas de quando eu era criança, contou histórias nossas; tudo o que eu queria era chegar em casa, tomar um banho e me jogar na cama, sem me importar com nada além de dormir agarrada ao meu homem.

— Bom dia. — Murmura, quando acordamos na manhã seguinte, agarrados um ao outro.

— Preciso de férias de toda essa confusão. — Escondo meu rosto em seu peito, e aprecio seu cheiro.

— Sabe que posso providenciar isso, me diga o lugar.

Dou risada do seu jeito, e me sento na cama, estudando seu rosto por um momento. Ele parece mais relaxado do que em todos os anos que o conheço, a nuvem de tensão que o sempre o cerca se foi.

— Você parece tão relaxado. — Digo, depois de um momento.

— Talvez seja porque eu estou. — Me puxa para ele.

— Por que?

— Todos os nossos problemas foram solucionados, ninguém tomou um tiro e podemos finalmente viver nossa vida felizes, sinto que tiramos um peso dos nossos ombros.

Penso nas histórias de seus amigos, e como todos eles tiveram suas mulheres sequestradas e quase mortas por malucos, que queriam machucá-las, e percebo que ficamos com a parte fácil, a maluca que queria me machucar, se matou, o meu sequestrador era na verdade meu pai biológico, que agora está ansioso em ter uma vida com a gente.

— Precisamos comemorar isso. — Declaro.

— Talvez uma festa de casamento?

Dou risada.

— Quem seriam os noivos?

— Não seja engraçadinha.

— O que? Não lembro de ter sido pedida em casamento.

Calum se afasta e abre a gaveta ao lado do seu lado da cama, pegando uma caixa, ele abre e tira um anel de diamantes enorme, lança a pequena caixa no chão do quarto e desliza o anel no meu dedo.

— Não vou te pedir, porque você não escolha.

Começo a protestar, mas ele nos rola na cama e começa a me beijar.

Esse momento, é tudo o que sempre sonhei e muito mais.

Depois do que considero como uma manhã muito divertida, Calum finalmente me deixa sair da cama, nós tomamos banho juntos, nos arrumamos e saímos do quarto, estamos morrendo de fome, planejando o que iremos comer, quando nos deparamos com Asher, sentado no balcão da cozinha, lendo uma revista em quadrinhos e tomando café da manhã, como se fizesse isso todos os dias.

— Finalmente saíram do quarto, pensei que teria que enviar uma equipe de busca atrás de vocês. — Comenta, ganhando um tapa na cabeça. — Não é assim que se trata um convidado.

— Você não foi convidado! — Calum declara, nos servindo café.

— Ingratos, enquanto se divertiam eu preparei o café da manhã para vocês, e é assim que me tratam? — Faz beicinho.

Asher é uma pessoa fácil de se conviver, e até mesmo de amar.

Mesmo usando seu bom humor como fachada, sua real personalidade é leal e extremamente protetora dos amigos. Sempre disposto a se meter nos problemas dos outros para ajuda-los, seu defeito no entanto, é não pedir ajuda quando precisa.

— É bom que esteja aqui, pode ser nossa testemunha de casamento. — Informo. — Estamos pensando em nos casar no cartório, e usar isso como desculpa para uma festa.

— Meus parabéns, posso ajudar com isso. — Oferece, já pegando seu tablet.

— O que está fazendo? — Calum pergunta, olhando com um certo ar de desconfiança.

— Ajudando com os preparativos da festa? — Informo, mas Asher ri, como se minha resposta o divertisse.

— Desculpe binaguinha, mas essa merda está além de mim. — Responde divertido. — Estou casando vocês.

Por sorte eu ainda não tinha tomado um pouco do meu café, ou teria engasgado, mas isso não me impediu de quase morrer do coração com sua informação.

— Isso não é possível!

Asher revira os olhos.

— É claro que é, posso fazer isso em vários cartórios, até colocar como registro na igreja. — Me informa. — Desde que tornaram tudo tão tecnológico, posso invadir essas coisas.

— Sempre pensei que a graça da igreja era entrar vestida de noiva.

— A graça da igreja é até que a morte os separe. — Me informa. — Sabia que no Vaticano não tem divórcio?

— Não, devo me preocupar com como você sabe disso?

Ele sorri, dessa vez um sorriso perigoso e ameaçador.

— Minha esposa me contou isso depois de ler em um livro, foi assim que reconheci nossa união, mas ela não sabe disso.

— Está me dizendo que ela não pode se divorciar de você?

Confirma com a cabeça.

— Faça essa merda com a gente. — Calum manda.

— Calum! — Repreendo.

— O que? Não vou correr o risco de você se irritar comigo e depois me dar um pé na bunda, seremos para sempre.

— Asher, sua mulher sabe que você fez isso? — Pergunto, ignorando a declaração do Calum, porque neste momento, estou pensando que é fofo, amanhã, posso acordar e perceber que me casei com um maluco.

— Não.

— Não acha que ela deveria saber?

— Isso é culpa dela, quem mandou ela me contar sobre o livro?

— Espera, ela disse sobre o livro, ou te passou a informação?

— Eu li o livro porque ela me disse que era o favorito dela e eu queria ter uma ligação. — Responde. — Então de certa forma é culpa dela.

Eu tenho dó da mulher que está casada com Asher, o homem é um maluco, e tenho certeza que o motivo de sua fuga, foi justamente ter descoberto isso. Nenhuma mulher se casaria com alguém que faz isso pelas costas dela, não é?

Quem eu estou tentando enganar?

É fofo, e conhecendo Asher, essa mulher tem muita sorte de tê-lo em sua vida.

— Faça isso com a gente. — Calum manda. — A merda do vaticano.

Se vou me casar com um homem pelo resto da minha vida, então, preciso que ao menos nossa festa de casamento seja digna de um conto de fadas, com tudo o que tenho direito, do contrário, sinto que seria uma oportunidade perdida.

Me levanto, coloco meu prato na pia e começo a caminhar para a sala, Calum se levanta e vem atrás de mim.

— Antes que pergunte, estou indo para o apartamento da Jules, se vou passar por isso, precisamos de uma grande festa.

— Fique no prédio. — Manda, me fazendo revirar os olhos.

— Não sei, talvez eu decida brincar de esconde-esconde com meu marido. — Zombo. — Aproposito, isso é um anel de noivado, não de casamento, até que eu tenha um oficial, seremos apenas noivos.

Calum sorri.

— Fique tranquila querida, não pretendo te decepcionar.

Espero que tenham gostado do capítulo. 

Beijos 

Carol... 

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