Capítulo 9

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Capítulo 9

Calum

Acordo com Alina passando uma pena no meu nariz e me fazendo espirrar, ela ri quando isso acontece, e por um momento, sinto como se meu mundo tivesse congelado e ela fosse a única coisa que existe. Quando volto aos meus sentidos, seguro sua mão e a puxo para o meu peito, nossos olhos se encontram e ela cora, se apoiando em mim para levantar.

— Não devia fazer isso. — Se afasta.

Me sento e a observo, ainda com um sorriso feliz no meu rosto.

— O que posso fazer? Não é todo dia que acordo com a mulher dos meus sonhos pairando sobre mim. — Gosto de como seu rosto fica num tom de rosa mais intenso. — Além disso, você estava me provocando, o que esperava?

— Você disse que ia acordar cedo. — Responde, como se isso justificasse sua atitude.

— Isso foi antes de pernoitar bebendo e conversando com os nossos amigos. — Coloco no plural, porque ela e Jules se tornaram próximas.

— De qualquer forma, apenas estava fazendo o que me pediu. — Sai do quarto.

Rindo, jogo as cobertas para longe de mim e saio da cama.

Depois da nossa conversa no quarto e eu esclarecer que darei tudo o que ela precisa, voltamos para a sala e passamos a noite conversando e rindo com os caras e os pais da Jules. Sou grato as duas por incluir Alina e a distrair com sua conversa fiada, isso tornou tudo mais fácil e fez se soltar mais.

Enquanto eu a observava, tive a sensação que sua mãe a privou de muito mais do que ela pensa. Alina nunca teve uma realidade com pessoas de quem fosse próxima e com quem poderia contar nas horas difíceis, se eu for sincero, a mulher criou a filha dizendo que elas morreriam por uma vingança.

Que tipo de mãe faz isso com a filha?

Conforme o tempo passava, me peguei admirando ainda mais minha garota, preso em como ela conseguiu sobreviver as coisas que sua mãe disse, e se tornou essa mulher doce. Alina não sabe, precisa de alguém que esteja disposto a protegê-la, a cuidar dela e atender todas as suas necessidades. E essa pessoa sou eu!

Vou atrás de todos que a machucaram, e não importa quantos sejam, trarei todas as cabeças e as deixarei diante dos seus pés, como um presente, um tributo a mulher que ela é e ao amor que sinto por ela. Perdi muito tempo lutando contra o que sentia, me julgando por algo que não tinha controle, e agora que finalmente posso me render a esses sentimentos, não irei me segurar até ter tudo dela.

Desligo o chuveiro e saio, minha cabeça focada em tudo o que preciso fazer hoje, nas pessoas que tenho que visitar, enquanto minha garota tem um dia de diversão com Jules e Abby. Logo após me vestir, saio do quarto e a encontro na cozinha, duas torradas em um prato, esperando por mim em cima do balcão enquanto ela bebe seu café apoiada na ilha.

— Obrigado pelo café. — Falo enquanto me sento.

Alina revira me dá um sorriso tímido.

— Eu poderia ter feito algo mais elaborado, mas não tem nada na sua geladeira.

Dou uma grande mordida na torrada crocante e tomo um gole do café antes de responder a ela.

— Vou pedir que a dispensa seja abastecida.

Alina bufa.

— Jules me contou sobre como estão proibidos de "pedir" que as coisas venham até aqui. — Lembra. — Podemos ir ao mercado mais tarde.

Estudo suas feições atentamente e percebo que está animada em ir ao mercado.

— Quer ir ao mercado? — Pergunto.

Secreta Obsessão - Obstinados Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora