Capítulo 11

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Capítulo 11

Calum

Alina pode não saber, mas deu exatamente o que eu queria. Tudo o que precisava era saber que ela estava dentro, que ela me aceita como seu companheiro e que os meus avanços não serão contra sua vontade. A parte que ela não tem ideia é que deixou a besta entrar, e agora não há mais escapatória. Ela é minha de todas as formas, e jamais permitirei que vá embora. Observo de longe enquanto ela conversa com uma senhora. Estamos em uma floricultura na cidade vizinha, onde Alina insistiu em parar para comprar flores. Agora, a senhora explica quais são as 'melhores' para se ter dentro de casa.

- O que você acha de algo assim? Seu apartamento não tem muitas cores. - Segura o vaso, me mostrando uma flor amarelo vibrante e outra laranja.

Dou um sorriso.

- Se você gosta, então vamos levar.

Ela revira os olhos, e preciso me controlar para não a puxar para os meus braços e beijá-la.

- Não é se eu gosto, você precisa gostar, é o seu apartamento.

- É o nosso apartamento, se esqueceu que também vive lá? - Cruzo os braços e espero por sua resposta espertinha. - Além disso, eu pertenço a você e tudo o que me pertence é seu.

Alina bufa, irritada com a minha resposta. Para minha sorte, a senhora dona da floricultura está do meu lado nessa situação e praticamente salta animada com a minha resposta. Faço o meu melhor para manter o meu sorriso presunçoso fora do rosto quando a mulher verbaliza seu apoio.

- Não seja rude com o seu marido.

A mulher me dá uma piscadela; ela sabe que não somos casados.

- Não estamos casados. - Alina corrige. - Nem mesmo namoramos.

- Se esse homem está assim sem vocês nem mesmo terem namorado, imagina como será quando finalmente acontecer.

- Na verdade, ela aceitou me dar uma chance esta manhã, deve ter se esquecido já que está me tratando assim.

- O que você...

- Caso tenha se esquecido de hoje cedo no chuveiro.

Alina fica vermelha. É divertido ver esse lado dela, e me pego gostando ainda mais de provocá-la.

- Calum! - Grita, me repreendendo. - Não aconteceu nada no chuveiro! - Começa a se explicar.

A velha ri e esconde o rosto com a mão.

- Querida, basta dar uma olhada neste homem para saber que é impossível não ter acontecido nada entre vocês. - Diz e então franze a testa. - Além disso, se realmente não aconteceu nada, deve haver um problema sério com você.

Com essas palavras, a mulher se vira para separar mais algumas flores, deixando Alina vermelha com seu comentário. Pego algumas notas suficientes para pagar pelos dois arranjos, enquanto Alina segura um dos vasos. Eu pego o outro e, segurando sua mão livre, saímos da floricultura. Levo Alina direto para o carro, largo sua mão para abrir a porta e ajudá-la a entrar. Arrumamos os vasos no banco de trás e me sento ao seu lado, no banco do motorista. Quando finalmente tomo um segundo para admirar a beleza da mulher ao meu lado, fico preso no sorriso mais bonito e sincero que vi em seu rosto desde que nos conhecemos.

- Se divertindo? - Pergunto.

- Admita que a velha era divertida.

- Sim, e ela não era cega aos meus atributos.

- Na verdade, ela estava bem atenta aos seus atributos. Peguei-a admirando sua bunda várias vezes. - Arqueia uma sobrancelha. - Devo me preocupar com a concorrência?

Secreta Obsessão - Obstinados Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora