Capítulo 8

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Capítulo 8

Alina

No momento que Calum entrou pela porta, eu sabia que ele tinha ido resolver essa bagunça. Ele nunca foi o tipo de pessoa que senta e espera que alguém assuma o controle e faça as coisas em seu lugar. Calum é um homem de ação, e como tal, saiu para eliminar a ameaça.

Devia ter confiado nele, mesmo sendo um idiota para mim, ele nunca aceitaria o que seu pai fez, não apenas comigo, mais para seus amigos. Lealdade é importante, para todos eles, e os respeito por isso.

Quando ele deixou a sacola em cima da mesa, eu pude observar o sangue a manchando, a cabeça do seu pai estava ali, ele a trouxe para mim como um presente, um do tipo estranho e assustador, mas um grande presente. Engraçado, como minha mãe sempre esteve em busca de vingança, e escolheu o caminho mais complicado, vendo a cabeça de Alfredo em cima da mesa, me pergunto o que a motivou a seguir o caminho mais difícil?

— Onde está minha mãe? — Pergunto, depois de um longo momento observando a sacola.

— Mandei que saísse da cidade. — Admite, sem parecer se importar.

— Ela...

Ele me silencia com um gesto.

— Sua mãe é alguém em quem não confio, a história que ela te contou de vingança tem muitas falhas. — Diz. — Vai dizer que nunca suspeitou porque ela aceitou as coisas do meu pai, em vez te defender?

Não tenho respostas para isso.

Calum espera que eu discuta com ele, mas a verdade é que desde o momento em que saiu desta casa, me deixou sozinha com os meus pensamentos. Minha mente não parou de funcionar nem mesmo um segundo, tantas perguntas sem respostas, e tantas histórias com furos grutescos, que me pergunto em que momento me tornei tão cega.

— Concordo com tudo o que está dizendo, minha mãe mudou ao longo dos anos e me pergunto se em algum momento me disse a verdade.

— Asher está investigando.

— Posso contar o que sei. — Ofereço.

— Não me leve a mal, linda, mas não acho que sua mãe tenha lhe dado alguma informação válida. — Diz. — Vamos deixar que ele investigue e conforme for descobrindo coisas, você pode nos ajudar a ligar os pontos.

Aceno com a cabeça em concordância.

— Até lá o que faremos?

Ele olha em volta.

— Temos que voltar para a cidade, Anton fugiu no momento que, soube da morte do meu pai, suspeito que sua mãe tenha dito a ele.

Meus pensamentos se tornam um turbilhão confuso, nada disso faz sentido! Como a mulher que me criou, disposta a tudo por vingança, mudou de lado e porque ela diria a Anton que Alfredo está morto? Ela não pode ter outro plano que inclua enganar Anton, se Calum o matasse seria o fim da vingança.

— Por que ela diria, se ele é um dos objetos de vingança dela?

— Isso é o que iremos descobrir.

— E onde ficaremos? — Peço, odiando a ideia de voltar para a mansão.

Calum deve perceber meu receio, ele sorri e me surpreende ao me puxar para o seu peito, e me aconchegar a ele. Pega de surpresa, acabo relaxando, e aproveitando o momento, antes que meu cérebro me coloque no modo de alerta mais uma vez. Será difícil resistir ao homem diante de mim, sua intensidade dificultará as coisas.

— No meu apartamento, os caras estão lá, assim como a mulher do Aiden e do Levi, Jules. — Explica. — Podem fazer companhia uma para a outra enquanto cuido disso.

Secreta Obsessão - Obstinados Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora