Minha Luz

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Roupas largas.

Sapatos abertos.

Não conseguir me olhar no espelho.

Era isso que estava acontecendo comigo. Desde que aquele que eu não cito, me abandonou, eu joguei fora minhas roupas habituais, joguei fora as roupas colas que tanto mostravam o meu antigo corpo. Pois, agora eu pareço uma bola.

Eu ainda não quero essa criança, não sinto nenhum tipo de afeto por ela. Bem é uma menina! Aquele homem iria amar ser pai de menina, mas aqui estou com sete meses, morando junto com minha prima e avó dele.

Nabi e eu começamos a trocar farpas por eu não amar esse fruto, por não me interessar pela maternidade, por apenas querer que essa criança saia logo para que eu possa entregar para eles e sumir de suas vidas. Mas continuo amando essa mulher, por mais que eu queria amar essa criatura eu não consigo.

Jin, Yuna e Anya sua filha, vem sempre me visitar, nunca deixaram de se importar comigo, na verdade, aceitaram bem que eu pedi demissão e estou trabalhando com Suho. Mesmo que a avó Mun diga que não é necessário, eu vejo que sim. Não confio neles.

Meu plano é dar à luz e ir embora de volta para o Brasil e esquecer que sequer um dia eu tive um feto na minha barriga.

Porém, hoje para tentar aliviar a mente, irei sair com Jimin! Ele tem sido presente em tudo na minha vida, tem me ajudado com tudo desde essa criança que eu não nomeei ainda, a coisas da faculdade.

Coloquei um vestido longo folgadinho, uma maquiagem básica, uma rasteirinha e fui até o quarto da Aurora.

— Como estou?

A: Uma linda gravidinha.

— Não mencione essa outra parte. — Aurora levantou da cama vindo ate mim.

A: Já conversou com a sua filha pelo menos uma vez? Deixe de culpar essa criança por algo que ela não tem culpa.

— Eu sei… Mas eu acabo odiando essa criança pelo fato de toda vez que eu me olho no espelho e vejo essa barriga… Eu me lembro que ainda amo aquele idiota… Que ainda sinto falta dele e que me coração fica aflito por nunca terem conseguido encontrar ele. — Falo com pesar. — Me odeio por querer que ele volte, me odeio por não consegui amar essa criança, me odeio por que sei que ele seria o melhor pai do mundo… Mas ele não está aqui.

A: Vai ficar tudo bem! Eu estou aqui, Mun-Hee esta, Namjoon, Yoongi, Jin, Yuna, Nabi, Suho e o Jimin! Você não precisa dele para ser uma mãe foda.

— Eu sei… Mas ele é o pai! Por que ele pode viver como quiser e eu não?

A: Você pode, como deve! Vai sair com Jimin, aproveite a noite. — Aurora me abraçou. — Não quero te ver chorar mais.

— É tão errado eu amar ele ainda?

A: Não! Em hipótese alguma, você é livre, sem contar que carrega uma parte dele com você. — Assenti. Aurora tem se mostrado realmente, família, me ajudado, não me deixa sozinha.

Em um curto tempo, Jimin me mandou mensagens. Me despedi de todos e sai ao encontro do loiro. Ao chegar no carro dele, o mesmo já me esperava encostado no carro.

JM: Você esta linda. — Me deu um beijo na bochecha.

— Obrigada. Você também está! — Ele abriu a porta do carro para mim e me ajudou a entrar no carro.

JM: Vamos? O que acha de um restaurante chinês?

— Uh! Perfeito. — Jimin tem um sorriso encantador, é um homem incrível, carinhoso, me trata tão bem, o único problema é que ele… Não é ele…

Trato feito - Imagine Kim Taehyung {CONCLUÍDA}Onde histórias criam vida. Descubra agora