Minha querida
Hanna, sinto tanto sua falta. Temos orado por você e por Benjamin diariamente. Pessoas feridas ferem, é sua defesa. Ore minha menina!
Qualquer coisa estamos aqui.
As crianças mandam beijos.PS: Laila quer um desenho do rancho na próxima carta.
Pastora Zoe.
Benjamin havia realizado várias tarefas naquela manhã. Cleiton tinha buscado Hanna para ir ao culto. Olhando em volta após retornar do pasto, sentia falta de algo, e perceber que já se costumara a presença da moça o deixou irritado.
— Vivi sozinho tantos anos. Que pare de brincar de casinha, vá logo embora e me deixe em paz.
Pega o chapéu na mesa da cozinha onde havia deixado e sai marchando, seu plano era ir ao curral curar alguns bezerros, porém para ao ouvir algo. Com a testa franzida da volta na casa e ao ver a origem do barulho. Ele balança a cabeça descrente, mas um pequeno sorriso brinca em seus lábios ao ver as mulheres acenando com seus chapéus. Quando criança corria ao encontro deles e seu Carlos o deixava guiar a carroça o restante do caminho.
Cruzando os braços aguardando.
Cleiton desmonta de seu cavalo e ajuda prontamente as mulheres a descerem.
Hanna é a primeira e vai ao encontro dele. Mais uma vez fica encantado com a beleza dela caminhando em sua direção. Os cabelos loiros balançam com o vento.— Benjamin, eles vieram almoçar conosco, não é maravilhoso? — O sorriso dela era nervoso, o rapaz percebeu a insegurança dela e tenta sorrir.
— Você parece que saiu do curral — Cleiton implica se aproximando — Benjamin, sua esposa foi gentil o bastante para nos convidar para passar o dia no rancho! — o deboche dele faz Benjamin querer agarrar o amigo pelo pescoço.
— Cleiton se comporta — Lily aperta a mão no braço do marido em um aviso. E se volta para Benjamin sorrindo — Benjamin, que bom revê-lo. — pisca inocentemente em sua direção fazendo ele saber que viria algo mais — Não vou te abraçar, pois precisa de um banho. — Solta Lily e Benjamin ouve Hanna engasgando com uma risada ao seu lado e acaba rindo também.
— Crianças! — ralha seu Carlos se aproximando deles com dona Elena ao seu lado — Ben, cadê seus modos nem foi nos receber menino. E esse cabelo vai cortar mais não?
— Deixe o menino Carlos. Ben, querido, me dê um abraço.
Benjamin sorri envolvendo a pequena senhora em seus braços.
As três rapidamente fizeram o almoço, enquanto os homens ajudavam Benjamin.
De onde estavam podiam ouvir as risadas que vinham da casa.— Será que esse almoço sai hoje? — diz Benjamin olhando carrancudo na direção da casa.
— Você ainda tem muito que aprender — seu Carlos ri — mulheres fazem muitas coisas ao mesmo tempo — E como se para provar que era verdade Lily grita os chamando.
O cheiro delicioso os recebeu antes mesmo de entrarem na casa.
Na mesa, uma travessa de salada, arroz, feijão, macarronada e carne de panela com mandioca.
— Vocês querem me engordar?
— Hanna fez praticamente tudo sozinha, eu fiz a salada, sua mãe o macarrão. — A morena sorri para o marido e aponta a mesa.
Todos se sentam. Seu Carlos faz uma rápida oração em agradecimento a pedido de Hanna.
A conversa fluía em volta da mesa.
— Esses dois são a causa dos meus cabelos brancos. — afirma dona Elena apontando na direção de Cleiton e Benjamin. — viviam enfiados no meio do gado ou andando sem rumo por aí.
— Mãe, não era bem assim. — reclama o delegado.
— Continua dona Elena, estou amando. — Lily interrompe o marido e pisca para Hanna que ri.
— A Mary vivia atrás do nosso menino. — começa contar seu Carlos. Cleiton se posiciona para interromper, mas sua esposa o cutuca. — Um dia depois do culto ela foi toda produzida e se aproximou deles. Estava Sol, Ben e o Cleiton. Ela disse assim; Cleitinho você esta tão lindo hoje. Vem sentar comigo e deixa as crianças aí brincando. — a gargalhada impede ele de continuar. Benjamin, Cleiton e dona Elena já estão rindo também.
— Agora fiquei curiosa. Continua, o que aconteceu. — Pede Hanna.
— A Sol, que respondeu. Ela disse que era melhor eu ficar com as crianças do que ficar perto de uma árvore-de-natal. — Cleiton completa entre risos — e o Benjamin virou pra ela e piorou a situação, falando que eu era só seis anos mais velho que ele, então a única velha ali era ela. — Cleiton segura a barriga que dói de tanto ri.
Hanna e Lily riram tanto que choravam. Benjamin ficou rubro, mas ria também, contagiado com a alegria deles.— Benjamin, nunca imaginei que era tão mau. — Lily diz ainda rindo.
— Eu não era mal. Ela me chamou de criança primeiro e o Cleiton aí, vivia fugindo dela. Só ajudei meu amigo. — se justifica.
— Teve um dia que viemos passar o sábado aqui. Eles sumiram. Passou o almoço, então preocupada pedi ao Carlos que fosse procurar os meninos. Ele e o pai de Benjamin foram.
— Verdade. E adivinhem meninas, encontramos dois tatuzinhos. — seu Carlos fala rindo. As meninas não intendem, então ele logo explicou — os dois inventaram de cavar um poço, só que cavaram demais e ficaram presos dentro do buraco. — risos preencheu o ambiente tal como antigamente.
Quando chegaram, Benjamin se incomodou, por lembrar de quando faziam isso com seus pais vivos. Na mesa, história de sua infância e de Cleiton no rancho eram contadas por seu Carlos. Estava repleto de anedotas sobre suas aventuras travessas e como eles passavam os dias brincando e explorando a vasta extensão de terra.
Hanna estava fascinada pelas histórias, enquanto Benjamin se viu transportado de volta a uma época mais simples, cheia de alegria e admiração. Naquele momento estava feliz por estarem ali. Devagar ia descobrindo que se deixasse a dor diminuía. Começou a refletir sobre a vida e percebeu que ele merecia ser feliz novamente e ali naquela mesa estava sua família. Olhando ao redor sem perceber, agradece a Deus por tê-los em sua vida.
Ao terminarem a refeição, o Sr. Carlos contou que havia ficado impressionado com as melhorias que Hanna havia feito.
— Verdade, aquela horta esta maravilhosa. — elogiou dona Elena, deixando a jovem encabulada.— E se continuar cozinhando assim logo Benjamin não vai passar pela porta. — Afirmou o delegado e a tarde transcorreu assim entre risos, causos, implicância.
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Ótima semana pessoal! 🤠
Amo receber visitas 😍
E por aí?
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CORRESPONDÊNCIA PARA O AMOR
SpiritualUma jovem órfã em busca de um milagre. Assim está Hanna as vésperas de seu 18° aniversário. Benjamin um rancheiro solitário endurecido pelas perdas em sua vida. Um anúncio e algumas cartas depois ambos se conhecem... Hanna se encontra em um...