gente, sério: COMENTEM NESSE TROÇO! quero ler o que vocês estão achando!
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Os últimos meses se passaram muito rápido, não importa o quanto eu quisesse que o tempo andasse mais devagar para ter mais tempo para me preparar. Faltava apenas dois dias até a minha festa de noivado.
Mamãe estava ocupada dando ordens aos funcionários, certificando-se que a casa estivesse impecável e nada desse errado.
Não era nem uma grande celebração. Só a nossa família, a família de Fernanda e as famílias dos respectivos chefes do Rio e de Maceió foram convidadas. Rodrigo disse que era por razões de segurança. A trégua ainda era muito recente para arriscar um encontro de centenas de convidados.
Eu, na verdade, gostaria de cancelar tudo. Até onde eu me importava, não precisava fazer nada por Fernanda até o dia do nosso casamento. Pizane pulou para cima e para baixo na minha cama, um beicinho no rosto. Ele tinha apenas cinco anos e muita energia.
— Eu quero brincar!
— Mamãe não quer você correndo pela casa. Tudo precisa estar perfeito para os convidados.
— Mas eles não estão aqui ainda! — Graças a Deus. Fernanda e o resto dos convidados do Rio chegariam amanhã.
Apenas mais uma noite até eu encontrar minha futura esposa ou mulher que já tinha matado um homem com as próprias mãos. Fechei os olhos.
— Você está chorando de novo? — Pizane pulou da cama e andou até mim, deslizando sua mão na minha. Seu castanho escuro estava uma bagunça. Eu tentei arrumá-lo, mas ele sacudiu a cabeça.
— O que você quer dizer? — eu tentei esconder minhas lágrimas dele. Eu chorava principalmente à noite, quando estava protegida pela escuridão.
— Leidy diz que você chora o tempo todo porque Fernanda comprou você.
Eu congelei. Teria que dizer a Leidy Elin para parar de dizer essas coisas. Isso só ia me meter em apuros.
— Ela não me comprou.
— Mentirosa. Mentirosa.
— É a mesma coisa, — disse Vanessa da porta, assustando-me.
— Shhh. E se o pai nos ouvir?
Vanessa deu de ombros. — Ele sabe que eu odiei quando ele vendeu você como se fosse uma vaca.
— Vanessa — eu a adverti, apontando para Pizane. Ele olhou para mim.
— Eu não quero que você vá embora — ele sussurrou.
— Eu não vou embora tão cedo. — Ele parecia satisfeito com minha resposta, a preocupação desapareceu do seu rosto e foi substituída por uma expressão despreocupada.
— Me pega! — Ele gritou e saiu, empurrando Vanessa para o lado quando passou correndo por ela.
Nessa saiu atrás dele.
— Eu vou chutar o seu traseiro, seu monstrinho!
Eu corri para o corredor. Leidy colocou a cabeça para fora de sua porta e, em seguida, ela também correu atrás dos nossos irmãos.
Minha mãe teria minha cabeça se eles quebrassem outra relíquia de família. Desci as escadas. Pizane ainda estava na frente. Ele era rápido, mas Leidy Elin tinha quase o alcançado enquanto Vanessa e eu estávamos muito mais lentas nos saltos altos que minha mãe nos forçava a usar para praticar.
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MÁFIA - PITANDA
FanfictionMáfia Substantivo Feminino 1. Qualquer associação ou organização que, à maneira da Máfia siciliana, usa métodos inescrupulosos para fazer prevalecer seus interesses ou para controlar uma atividade. Quem nasce na máfia, jamais sairá dela.