Tô triste, já chorei horroes, tô depressiva. Perdemos Fernanda ontem, vamos perder Pitel terça (votem para diminuir a rejeição de nossa menina). Tô puta. É livramento? Sim. Porém eu morrer de saudade delas. Elas mereciam mais. Então é isso, recebam essa bomba!
Δ
POV Pitel Marinho Villa Bande
Quando Fernanda chegou em casa quase cinco horas depois, eu tinha colocado uma saia e uma blusa leve sem mangas. Apesar dos meus melhores esforços, meus olhos ainda estavam um pouco vermelhos de tanto chorar. Havia um limite para o poder da maquiagem.
Fernanda notou imediatamente, seu olhar persistente em meus olhos, e depois o arrastou para a foto da minha família na mesa de cabeceira.
— Eu não tinha certeza qual era o seu lado. Eu posso mudar para o outro criado mudo, se você quiser— eu disse.
— Não, está tudo bem. — A exaustão era clara em seu rosto.
— Foi tudo bem na reunião? Fernanda desviou o olhar.
— Não vamos falar sobre isso. Estou morrendo de fome. — Ela estendeu a mão, eu peguei e a segui até o elevador.
Ela estava tensa e mal disse uma palavra quando nós entramos em seu carro. Eu não tinha certeza se ela esperava uma conversa, e eu estava emocionalmente esgotada pra fazer esse esforço.
Quando paramos em um sinal vermelho, ela olhou por cima. — Você está ótima.
— Obrigada. Você também está.
Ela estacionou o carro em um estacionamento fechado onde os veículos se acumulavam uns por cima dos outros, e nós andamos por uma rua com pequenos restaurantes que ofereciam de tudo, desde culinária indiana, libanesa, até sushi. Ela parou em um restaurante coreano e segurou a porta pra mim. Atordoada, eu entrei no lotado e estreito espaço. Pequenas mesas estavam na parte de frente do bar, que oferecia bebidas alcoólicas com rótulos que eu não conseguia nem ler. Um garçom veio até nós ao avistar
Fernanda, nos levou para a parte de trás e nos deu a última mesa disponível. As pessoas na mesa ao lado da nossa encararam Fernanda com olhos arregalados, provavelmente se perguntando como ela se encaixava nesse lugar. Sentei no banco em que dava para observar todo o ambiente e Fernanda se sentou na cadeira em frente a minha. O homem ao seu lado puxou sua cadeira, para que Fernanda tivesse mais espaço. Eles sabiam quem ela era ou estavam sendo educados?
— Você parece surpresa — disse Fernanda após o garçom anotar nossos pedidos de bebida e nos deixar o cardápio.
— Eu não achei que você gostasse de comida asiática, considerando tudo. — Isso era tudo o que eu poderia dizer em um restaurante lotado, mas Fernanda sabia que eu estava falando sobre a Triad taiwanesa.
— Este restaurante é o melhor asiático na cidade, e ele não pertence a uma cadeia asiática.
Eu fiz uma careta. Ele estava sob a proteção da Família?
— É independente.
— Há restaurantes independentes no Rio?
O casal na mesa ao nosso lado me deu um olhar estranho. Para eles a nossa conversa era, provavelmente, mais do que um pouco estranha.
— Poucos, mas estamos em negociações neste momento.
Eu suspirei. Fernanda apontou para o meu cardápio. — Você precisa de ajuda?
— Sim, eu nunca comi comida coreana.
— O tofu marinado e a carne bulgogi são deliciosos.

VOCÊ ESTÁ LENDO
MÁFIA - PITANDA
FanfictionMáfia Substantivo Feminino 1. Qualquer associação ou organização que, à maneira da Máfia siciliana, usa métodos inescrupulosos para fazer prevalecer seus interesses ou para controlar uma atividade. Quem nasce na máfia, jamais sairá dela.