MÁFIA - PITANDA

XIX

KKKKKKKKKKK DEI UM APAVORO EM TODOS VOCÊS! Simplesmente <<amei>> o desespero generalizado.

Não acabou não, minha gente! Foi fake news! 

Seguimos... bem vindos a segunda parte da fic, preparem seus corações!

Δ

POV Pitel Marinho Villa Bande

Não posso fazer isso, Pitty. Eu quero sair. Sair deste mundo. Sair do meu casamento arranjado. Apenas sair.

Aquelas palavras ditas por Vanessa, minha irmã, começaram tudo. Elas levaram à minha primeira traição com Fernanda. Na época, eu realmente não via isso como uma traição. Eu só queria ajudá-la, não trair minha mulher. No entanto, quando tomei a decisão de ajudá-la a fugir, sabia que teria de ir contra ela.

Traindo-a.

Pessoas igual a ela eram sempre tão rápidas em chamar qualquer objeção de traição. Mas proteger minha família, minhas irmãs e meu irmão, protegendo aqueles que amava contra as duras realidades da vida, às vezes dificultava a obediência. 

Pensei que Fernanda fosse entender, achei que nosso amor pudesse enfrentar qualquer coisa. Fernanda não era uma pessoa que já se permitiu confiar ou amar alguém - até eu chegar.

Talvez ela sempre tenha sido cautelosa com suas emoções. Talvez ela sempre esperasse por algo que provaria sua cautela. E eu dei isso a ela.

POV Fernanda Villa Bande

Giovanna e eu aprendemos muitas lições do nosso sádico pai, todas elas destinadas a nos tornar mais fortes e mais implacáveis para as tarefas que nos eram esperadas, já que erámos mulheres. 

Eu odiava esse homem, odiava-o com toda a minha vida, e odiava que ele estivesse certo com a única lição que eu queria que estivesse errado.

O amor é uma fraqueza, Fernanda. Ele leva as pessoas mais fortes a seus joelhos. Não deixe uma mulher, já que essa é sua preferência, ter esse poder sobre você. Você será a Capo. Uma Capo não pode se permitir uma fraqueza. Principalmente uma mulher, não há perdão para mulheres em nosso mundo.

Pitel me fez acreditar que essas palavras eram mentira. Com seus sorrisos gentis, seus olhos inocentes e beleza incomparável, ela me atraiu e caí em sua armadilha. Eu ainda me lembrava daquele maldito dia.

"Você é boa, Pitel. Você é inocente. Eu te forcei a fazer isso."

Pitel tinha levado uma bala por mim, havia arriscado sua vida para salvar a minha. Minha vida, que valeu muito menos que a dela.

Seus olhos castanhos seguraram os meus. Aqueles olhos, sempre cheios de tantas emoções, eu mal conseguia entender.

"Voce não fez nada, Fernanda. Eu nasci neste mundo. Escolhi ficar neste mundo. Nascer em nosso mundo significa nascer com sangue em nossas mãos. A cada respiração que demos o pecado é gravado mais profundamente em nossa pele."

Eu balancei a cabeça.

"Você não tem escolha. Não há como escapar do nosso mundo. Não teve escolha em se casar comigo também. Se deixasse essa bala me matar, você pelo menos teria escapado do nosso casamento."

"Há poucas coisas boas em nosso mundo, Fernanda, e se encontrar uma, você se apega a ela com todas as suas forças. Você é uma daquelas coisas boas da minha vida."