PRÓLOGO

1.4K 87 20
                                    

Okay, vamo lá! Essa história é uma adptação sáfica da trologia de Cora Reilly "Born in Blood Mafia Chronicles". Vai ter muita coisa minha aqui, mas o enredo e quase tudo foi feito pela autora.

Comentem muito, me sigam pra ficar por dentro das fics, e podem me dar estrelinhas porque daqui pra frente é só tiro, porrada e bomba.

(Eu vou atualizar Enfêmero, confiem em mim! Não larguem minha mão!)

Δ

"Eu, Giovanna Marinho, aceito você, Fernanda Bande, como minha legítima esposa,

Prometo ser fiel, amar e cuidar de você

Na alegria e na tristeza, na doença e na saúde, na riqueza e na pobreza,

Por todos os dias de nossa vida, até que a morte nos separe".

'Eu entro vivo e saio morto'

Meus dedos tremeram quando os levantei, meu coração batia rápido como um beija-flor. A mão forte de Fernanda era firme quando ela segurou a minha e colocou a aliança de casamento em meu dedo.

Ouro branco com vinte pequenos diamantes.

O que era como um sinal de amor e devoção para outros casais não era nada mais do que um símbolo de sua posse sobre mim. Um lembrete diário da gaiola dourada na qual eu estaria presa pelo resto da minha vida. Até que a morte nos separe não era uma promessa vazia, como foi para tantos outros casais que pronunciaram as palavras sagradas do casamento. Não havia como sair dessa união para mim. Eu era de Fernanda até o amargo fim. As últimas palavras do juramento que os homens faziam quando eram admitidos na máfia poderiam muito bem ter sido meu voto de casamento:

'Eu entro vivo e saio morto'

Eu deveria ter fugido quando ainda tinha a chance. Agora, com centenas de rostos de famílias de Maceió e do Rio olhando para nós, fugir não era mais uma opção. Nem o divórcio. A morte era o único fim aceitável para o casamento em nosso mundo. Mesmo que eu ainda conseguisse escapar dos olhos atentos de Fernanda e seus capangas, o não cumprimento de nosso acordo significaria guerra. Nada que meu pai dissesse impediria a família de Fernanda de se vingar por tê-los feito perder a reputação.

Meus sentimentos não importavam, nunca importaram. Eu havia crescido em um mundo onde não havia opções, especialmente para as mulheres.

E, no entanto, ela era uma mulher.

Esse casamento não se tratava de amor, confiança ou escolha. Tratava-se de dever e honra, de fazer o que era esperado.

Um vínculo que garantiria a paz.

Eu não era um idiota. Eu sabia que as coisas mais fortes eram o dinheiro e o poder. Ambos estavam diminuindo desde que a Máfia Russa, a Brava, a Tríade de Taiwan e outras organizações criminosas estavam tentando expandir sua influência em nossos territórios. As famílias brasileiras de todos as organizações do Brasil estavam trabalhando juntas, escolhendo suas batalhas para que pudessem descansar e derrotar seus inimigos juntos. Eu deveria me sentir honrada em me casar com a filha mais velha da família do Rio, mesmo ela sendo ela, uma mulher. Era isso que meu pai e todos os outros parentes homens me diziam desde meu noivado com Fernanda. Eu sabia disso, e não era como se eu não tivesse tido tempo de me preparar para esse momento e ainda tivesse que suportar o espartilho que apertava meu corpo.

É engraçado como eles não tinham nenhum tipo de preconceito quando o assunto era mulheres mais baixas.

"Você pode beijar a noiva" Disse o padre.

Levantei minha cabeça. Cada par de olhos na plateia me examinava, esperando por um lampejo de fraqueza. Papai ficaria furioso se eu deixasse transparecer meu terror, e a família de Fernanda usaria isso contra nós. Mas eu havia crescido em um mundo em que a máscara perfeita era a única proteção para as mulheres (talvez seja por isso que ninguém nunca vê as emoções dela, se é que ela tem alguma), e eu não tinha problemas em forçar meu rosto a uma expressão plácida.

Ninguém sabe o quanto eu queria fugir. Ninguém além de Fernanda. Eu não conseguia me esconder dela, por mais que tentasse. Meu corpo não parava de tremer. Quando meu olhar encontrou seus olhos castanhos escuros e frios, percebi que ela sabia. Quantas vezes ela já havia espalhado o medo nos outros? Reconheci que isso provavelmente era uma segunda natureza para ela.

Ela se aproximou, pois usava um salto mais alto do que o meu e sua figura conseguia ser quase tão alta quanto eu. Não havia nenhum sinal de hesitação, medo ou dúvida em seu rosto. Meus lábios tremeram contra sua boca enquanto seus olhos se fixavam em mim.

Sua mensagem era clara: você é minha.

Δ

Isso vai ser tão bom, minha gente! TÃO BOM! Muito choro, drama, sangue, dor e confusão. Aguardem...

MÁFIA - PITANDAOnde histórias criam vida. Descubra agora