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POV Fernanda Villa Bande
Os dias se passaram rapidamente depois do nosso retorno ao Rio. Logo novembro chegou e com ele a festa de noivado de Giovanna e Vanessa. A garota nem tentou esconder que não queria se casar com Giovanna.
Se dependesse de mim, eu teria deixado Marinho casar ela com o velho idiota que ele escolheu para ela antes de Giovanna interpretar a porra da heroína e pedir a mão dela.
Ela traria problemas para o Rio, e eu estava feliz que o casamento ainda estivesse a mais de meio ano de distância, porque problemas adicionais eram a última coisa que eu precisava no momento.
Davi entrou na minha mansão com Marinho e Pizane, de 9 anos, que seguia atrás deles como um cachorrinho perdido. Vanessa e Leidy tinham chegado mais cedo com a mãe e subiram imediatamente para se preparar para as festividades.
Davi e Marinho não passariam a noite debaixo do meu teto. Eles preferiram um hotel próximo e eu estava aliviada. Talvez nossos pais tivessem concordado com uma trégua, mas Davi e eu não confiávamos um no outro. Eu não o queria sob o mesmo teto de Pitel. Não que ele tivesse algum interesse nela. Ele ainda não tinha oficialmente se assumido como chefe de seu pai Bonifácio Oliveira, mas todo mundo sabia que ele já estava executando o show em Maceió.
— Eu ainda não suporto olhar para eles. — Giovanna murmurou.
— Eles me fazem querer atacar o rosto deles com minha faca, especialmente Marinho.
Um dia talvez, mas não hoje.
Eu andei em direção a eles e estendi minha mão para Davi como a tradição ditava.
— Davi. — eu disse em tom neutro, que foi o tom mais amigável que pude fazer. — Ouvi dizer que você ficou noivo recentemente. Parabéns.
Davi inclinou a cabeça. — O casamento não será um grande caso como o seu com Pitel.
— Estamos honrados em participar de qualquer maneira. — É claro que recebemos um convite e fomos obrigadas a ir, mesmo que eu não pudesse ter me importado menos se Davi se casasse ou não.
Davi inclinou a cabeça, os olhos frios e cautelosos. Apertei a mão de Marinho depois disso e apertei um pouco mais do que o necessário, lembrando-me do que Pitel me contara na Sicília - que ele havia batido nela mesmo depois do nosso noivado, mesmo depois que eu lhe disse que ela era minha.
Suas sobrancelhas se uniram. — Fernanda.
Eu soltei a mão dele. — Marinho.
— Onde está Pitel?
— Ela está conversando com o buffet sobre algumas mudanças de última hora, mas ela estará aqui a qualquer momento.
— Júnior ainda é seu guarda-costas? Eu nunca entendi como você deixa um homem atraente protegê-la. Eu não permitiria a minha esposa uma oportunidade como essa. Mesmo vocês sendo lésbicas, ou o que quer que seja.
No momento em que esta trégua terminasse, eu o perseguiria e mostraria a ele como era se afogar em seu próprio sangue. Eu sorri friamente, minha voz de aço.
— Meus homens sabem que ela é minha. Ninguém ousaria olhar para ela do jeito errado. Homens como seu sobrinho Ricardo teriam sido esfolados no Rio, com a pele seca para poder fazer um bom carpete para o meu escritório. E a propósito, eu sou lésbica, Giovanna é bi. O termo correto para nossa relação seria sáfica. Não é instruido sobre tudo como se diz ser, Marinho.
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MÁFIA - PITANDA
FanfictionMáfia Substantivo Feminino 1. Qualquer associação ou organização que, à maneira da Máfia siciliana, usa métodos inescrupulosos para fazer prevalecer seus interesses ou para controlar uma atividade. Quem nasce na máfia, jamais sairá dela.