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POV Pitel Marinho Villa Bande
— Porra!
O grito de Fernanda me fez acordar. O colchão mudou sob seu peso e eu me virei, piscando de volta para dormir. Fernanda estava se vestindo, seu telefone preso entre o ombro e a orelha enquanto levantava sua calça de couro.
— Eu estarei lá em quinze minutos. Que merda! Caralho!
Eu me sentei preocupada. Fernanda baixou o celular e colocou uma camisa preta sobre o coldre da arma, depois se virou para mim, fazendo uma careta.
— Alguém jogou um coquetel Molotov em um dos bordéis da Família. Duas prostitutas foram queimadas gravemente e toda a mobília foi incendiada. A polícia e o corpo de bombeiros estão lá. Eu tenho que ir e limitar o dano.
Eu balancei a cabeça lentamente, sufocando minha decepção. Ela se moveu em minha direção, me deu um beijo rápido e saiu.
Mordi meu lábio, empurrando minha dor. Era meu aniversário.
Eu deslizei para fora da cama, peguei meu celular e vi a mensagem de Vanessa. No momento em que ela viu que eu estava on-line, meu telefone tocou. Depois que conversei com Vanessa, Pizane e Leidy, me senti melhor e me vesti.
Eu sabia que Fernanda precisava cuidar dos negócios da Família se ela quisesse ser uma boa Capo, mas ainda assim me perguntei se ela tinha esquecido completamente do meu aniversário.
Eu desci as escadas onde Júnior estava sentado no balcão. Ele sorriu quando me viu e se levantou.
— Feliz aniversário, Pitel. — Eu ofereci-lhe um sorriso fraco em retorno e sua expressão se suavizou ainda mais. — Fernanda estará de volta assim que ela terminar.
Dei de ombros e servi um café. A solidão tomou conta de mim. Eu não tinha amigos no Rio de Janeiro. Como a esposa da Capo as pessoas em nossos círculos não me tratava como um ser humano normal, e eu realmente não poderia ser amiga de pessoas de fora. Engolindo minhas emoções, tomei um gole do meu café. O elevador apitou e Júnior entrou na minha frente, mas relaxou quando Carol entrou, carregando um bolo. Seu cabelo cinza escuro estava preso em um coque, como de costume, e seu vestido esticado sobre seu corpo rechonchudo e com seios amplos. Seu rosto materno abriu um largo sorriso e ao colocar o bolo para baixo, ela me puxou para um abraço apertado.
— Feliz aniversário, bambina. Eu fiz um bolo de amêndoa para você. Fernanda me disse que é o seu favorito. — Ela franziu a testa para Júnior. — Onde ela está afinal?
— Negócios.— disse Júnior simplesmente. Carol não fez nenhuma pergunta.
— Fernanda pediu para você assar o bolo?
— Pediu. — Carol cortou três fatias do bolo, em seguida, tirou os pratos e serviu um a mim, a Júnior e guardou o outro para ela.
Nós garfamos, e eu tive que admitir que o bolo era melhor do que qualquer coisa que eu tinha comido em muito tempo. Carol era uma deusa na cozinha.
Ela tocou minha bochecha. — Você parece triste. Por que você não sai e se diverte com Júnior?
Eu queria passar o dia com Fernanda, mas como isso não ia acontecer, dei um aceno de cabeça.
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MÁFIA - PITANDA
FanfictionMáfia Substantivo Feminino 1. Qualquer associação ou organização que, à maneira da Máfia siciliana, usa métodos inescrupulosos para fazer prevalecer seus interesses ou para controlar uma atividade. Quem nasce na máfia, jamais sairá dela.