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ALANA GODOY

Nós almoçamos e ficamos brincando com a Hope enquanto isso. Mesmo depois de tudo, foi um dia leve... e eu fico extremamente grata por isso. Independente do que aconteceu entre a gente, eu quero trazer leveza entre nós para a minha filha. Nossos problemas não tem haver com ela e ela não tem culpa de nada pra acabar carregando um peso de algo que nem se quer entende.

– Ela dormiu — ele diz ao parar o carro na frente da minha casa.

– Você vai ir levar ela até o berço pra ela não acordar, nunca vi, é só sair do seu colo que acorda — falo saindo do carro.

– Ciúmes é? Só porque ela não gosta de sair do meu colo?

– Vai se foder, Ríos — o olhei.

Ele riu negando e nós entramos, subimos e enquanto ele foi colocar ela no berço, fui pro meu quarto e tirei a minha blusa, deixei estendida na cadeira e logo escutei ele entrar no quarto.

– Desculpa por ter beijado você aquela hora... — ele diz assim que me viro pro mesmo.

– Tá tranquilo

– Obrigado por ter levado ela lá e ter aceitado o almoço... — ele diz.

– Eu faço qualquer coisa pra ver ela feliz, não precisa me agradecer por isso

Ele assentiu e foi saindo do quarto, mas logo parou e me olhou.

– Quando quiser conversar, me avisa... eu tô esperando por isso

Eu assenti e senti um frio na barriga pela forma que ele me olhou, ele foi saindo do quarto e eu fiquei parada, mas logo sai do quarto e fui até ele o puxando.

– Oque foi? — pergunta se virando pra mim.

Eu o beijei e ele retribuiu, mordi seu lábio e arranhei sua nuca. Idai que ele me magoou? Tô com tesão, não transo a um ano, não quero ver ninguém me julgando por isso.

– Alana... — ele diz baixinho assim que entramos no quarto.

Ele saiu do beijo e me afastou, eu o olhei sem entender e ele suspirou.

– A gente nem conversou ainda — ele me olhou.

– Precisa conversar pra isso?

– Tem outra coisa

– Oque?

– Eu... a Elena... — ele para de falar quando a porta se abre.

– Amiga eu...

Ele entrou no quarto e travou quando nos viu, mas principalmente quando viu ele.

– Você transou com ela? — pergunto pro Ríos e ele só abaixa a cabeça.

Eu olhei pra Elena e senti meus olhos se encherem de lágrimas.

– Você transou com ele depois de tudo que eu te contei? — pergunto a olhando.

– Alana...

– Sai da minha casa, Elena.

– Por favor amiga, eu... — Eu a cortei.

– Amiga? — eu ri. – Você ainda tem a cara de pau de me chamar assim depois de eu ter te contato tudo sobre o cara que eu amava e ter dado pra ele, e me chama de amiga? SOME da minha casa, Elena.

– Sério? Tudo isso por um cara escroto que nem te queria mais?

– Isso não é sobre ele, é sobre quem eu pensei que podia chamar de amiga — falo. – Não volta mais aqui, eu não quero te ver nunca mais na minha frente.

RICHARD RÍOS

A Alana saiu do quarto depois da Elena ir embora e eu suspirei, fiquei um tempinho no quarto da Hope, mas logo desci e vi ela lá fora.

– Eu posso? — pergunto.

Ela assentiu e eu me sentei ao seu lado.

– Desculpa — peço.

– Você não precisa me pedir desculpas, eu não esperava nada de você, a gente não tem nada. Eu esperava consideração da parte dela, e não teve.

– Eu acho melhor eu ir... — falo baixo e me levanto.

Ela fungou e secou o rosto, eu suspirei e a olhei.

– Você fez aquilo por impulso? Não foi?

– É, o tesão humilha a gente as vezes, acontece. — ela diz e me olha.

Eu assenti e saí de lá, senti meu peito apertar e engoli seco a vontade de chorar que eu estava. Seria humilhante ir pra cama comigo? Uau!

Eu queria sim que rolasse, mas não é isso que me machucou. Oque está doendo foi eu ter sido sincero e ela ter soltado essa, mas talvez eu mereça, né? Afinal, se não fosse por mim mesmo, nós estaríamos juntos.

Have Hope • Richard RíosOnde histórias criam vida. Descubra agora