Filemom & Mical, Mical & Filemom

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A nossa história retrocede ao início. Bem início mesmo! Nenhuma nação foi colonizada e as grandes navegações ainda nem começaram. O cristianismo ainda não existia e o evangelismo também não. Cada um com seu pedaço de terra e sua vidinha. Mical era uma moça jovem e orfã que vagueava sem rumo, descobrindo novos horizontes e retornando para casa. Filemom, outro rapaz jovem, obediente a sua família e uma alma puramente artista. A nossa história nesse capítulo, contará o início o meio e o fim do amor e romance desses dois!

Tudo começa ao nascer do sol na antiga Dinamarca ou Danmark se assim preferir. Os pais de Filemom, Ella e Kyllian ainda dormiam e o jovem saiu para um lindo campo onde ele sempre buscava inspiração. Algumas pessoas do clã já haviam acordado também. O jovem Filemom fazia parte do clã Falk, um clã de vampiros cujo o sobrenome de todos era Falk.

O jovem rapaz era alegre e ao chegar naquele campo, pôde contemplar os raios de sol ainda fracos devido ao horário, cobrir a sua pele pálida e dar vida a tudo ao seu redor. Não podia demorar muito, logo seus pais acordariam e as outras pessoas também e seriam selecionados os grupos de caça, para levar alimento vulgo sangue para todos os presentes.

Uma brisa leve começa e junto dela o cheiro de uma outra pessoa. Filemom abre seus olhos de esclera negra como um dia de eclipse e a iris vermelha carmesim e procura de onde vem esse cheiro e também já se preparando para ir embora caso fosse um humano. Mas para a sua surpresa não era, era uma mulher, uma jovem moça tão pálida quanto a neve, magra a ponto de ver seus ossos e sua roupa ser larga, os olhos eram iguais aos de Filemom e eram fundos com olheiras escuras. O rosto era fino e cadavérico e os belos cabelos castanhos, eram finos que era quase possível contar os fios. Isso chamou a atenção do rapaz, era como se ela estivesse doente ou até mesmo definhando, mas por debaixo de toda essa aparência, Filemom conseguiu ver beleza na moça e de fato ela era porém a sua aparência era de dar pena. A moça caminhava calma olhando firme para o chão. O sol a iluminava cada vez mais deixando cada vez mais visível os detalhes da mulher.

Filemom ajeitou as suas roupinhas simples, mexeu no cabelinho para tentar ajeita-lo e pegou a primeira florzinha que viu. Respirou fundo e foi até a moça que mesmo que tenha ouvido a sua aproximação não virou o rosto até o mesmo começar a falar com ela:

- Olá! - Disse carregando entusiasmo em sua voz.

A moça para e olha para ele.

- Olá... - Responde simples. Até a vozinha dela era fraca.

- Me chamo Filemom e é um prazer conhecer uma moça tão linda quanto este campo e lhe trouxe uma flor tão única e cheirosa quanto você. - Ele sorri e da a flor a moça.

A mesma sorri divertida com a situação. Nunca havia falado com alguém assim. Na verdade ela nunca tinha interagido com nenhum vampiro ele era seu primeiro. Ela pega a florzinha e a cheira e ao olhar para trás do rapaz vê o campo cheio com as mesmas flores e ri. "Única" é?

- Eu sou Mical. Obrigada pela flor Filemom, ela é linda realmente. - Sorri. - Você mora por aqui?

- Um pouco mais longe, mas gosto de vir aqui. Então... Eu poderia perguntar para onde está indo? Eu posso acompanha-la se não for muito longe. - Disse um pouco tímido.

- Eu não tenho um rumo certo. Só estou andando. As estradas vão me revelar mais caminhos e coisas a serem descobertas. - Respondeu olhando para o rapaz que começava apresentar rubor nas bochechas, aquilo a divertia.

- Mas você pode se perder! E se acabar se encontrando com um humano? - Disse em tom de preocupação.

- Eu sei me cuidar Filemom! - Disse em um tom calmo. - Nasci sozinha e sempre estive sozinha nesse mundo, não se preocupe.

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