3 2 1... AÇÃO!(Final)

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Sua cabeça doía um pouco, mas era só esperar o efeito passar. Realmente não se orgulhava do fato de ter recorrido a certas drogas e voltar a fumar escondido, visto que estava limpa a mais de 4 anos. Mas um certo desespero bateu e ela precisava se aliviar, se sentir bem para continuar. Mas a situação que se encontrava, lhe partia o coração. Que tipo de exemplo está dando para os filhos? Se as coisas apertarem, recorram a drogas e outras substâncias ilícitas? Isso não a agradava e por um momento se sentiu inútil e se questionou que tipo de líder é. Talvez não tenha nascido pra esse trabalho, visto que era seu irmão quem substituiria o pai e ela só tinha que se preocupar em ser mãe e esposa. Mas tudo veio abaixo e ela teve que aprender na marra a lidar com a situação e com as pessoas. É cansativo, mas ainda o faz. Não porque acredita que seja o certo ou errado, mas porque não consegue mais enxergar um futuro para si. Carregará a alcateia no colo, até que Victor, seu filho mais velho, esteja apto a tomar seu lugar. Mas será que vale a pena?

Ela pega a caixa de cigarros, abre e acende um cigarro e começa a fumar. Ela senta na beirada daquele penhasco e fica ali balançando as pernas no ar e jogando a fumaça para cima. "Mas que desgraça me tornei?" Questionava em seus pensamentos enquanto a vista a sua frente, não fazia sentido devido aos efeitos alucinógenos.

Antes de dar outra tragada, ela olha para o cigarro entre seus dedos. Faz um aceno negativo com a cabeça e joga o cigarro do penhasco. Respira fundo e levanta indo até o carro e pegando outra cerveja do último fardo. Recosta no carro e fica olhando para cima. Não podia voltar para casa naquelas condições, então era só esperar o efeito passar.

– Папа... Я скучаю по тебе и твоему совету.  Им сейчас было бы очень хорошо.

(Papa YA skuchayu po tebe i tvoyemu soveto. Im seychas bylo by ochen' khorosho. - Pai... Sinto falta do senhor e dos seus conselhos. Eles seriam muito bons agora).

"Mas o papai aqui."

Dalila toma um susto! Seu peito se encheu de nostalgia ao ouvir a voz de seu amado pai novamente. Mas se sentiu envergonhada ao lembrar o estado em que se encontrava.

– Pai...

"Porque está assim Dalila? Não te ensinei isso. Se algo te incomoda, te frustra, não guarde para você."

– Agora eu sou uma líder pai. O que os outros vão pensar ao me verem desse jeito? Ao me verem tão fraca? - Disse a mulher olhando para o lado onde estava seu pai.

"Ter sentimentos não é fraqueza. Mostrar sua dor aos outros não é fraqueza. É ser humano! Você é humana também, não se esqueça. Todo líder vai passar por momentos difíceis e vão ser momentos em que ele vai precisar de ajuda. Mas como ele poderá ser ajudado, se não deixa ninguém saber o que passa com ele?"

– Só quero ser uma boa líder como você papai! - Disse a mulher olhando para sua cerveja.

"A minha era foi Dalila. Agora é a sua vez! Todos sabem quem foi Semyon. E quem será Dalila? Que feitos ela fará? Como era liderará? Como ela será? São perguntas que você pode responder minha filha."

– E se eu falhar?

"Eu também falhei. Não é o fim do mundo. Aprenda com seus erros!"

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