Duas almas marcadas pelo luto, duas vidas semelhantes. Como pode existir alguém com dores e vivências parecidas com a sua? E quando você a encontra? Ou quando ela te encontra? É para ajudar ou para atrapalhar? Quando isso acontece você se pergunta qual a missão dela para você ou qual a sua missão para com ela!
As semanas haviam se passado, o inverno estava chegando e todos do bando estavam se preparando. Dalila lavou as roupas de frio e as pôs para secar. Kowalsk, o segundo mais velho depois de tia Belle, estava vendo os aquecedores das casas, ele amava fazer esses tipos de serviço de manutenção, conserto, algo que ocupava a mente do senhor de 83 anos.
Os grupos de caça que Adam criou estavam a todo vapor. Trabalhavam até de madrugada sob as ordens de Adam, pois o mesmo queria encontrar qualquer tipo de pista ou informação. E também, ele não queria desanimar sua amiga Dalila, pois depois de muito tempo, ela resolveu ter esse posicionamento, ele não quer que a chama dela diminua!
– Ainda nada? ‐ Questionou Dalila.
Adam nega com a cabeça soltando um suspiro no final.
– Estão procurando nos lugares certos? Não é possível que Lucille só tenha um acampamento e ele nem era grande! - Falou a mulher.
Adam não falava nada. Será que suas habilidades diminuíram depois de tanto tempo?.
– Na próxima eu vou junto. Você pode ter deixado passar algo. Vou ajudar! - Respondeu a mulher dando as costas.
– Não precisa!! - Adam a segura pelo ombro a impedindo de continuar.
– Adam... - Dalila vira de frente e se aproxima do homem colocando uma mão em seu rosto. – Você está trabalhando muito. Nem está descansando direito. - Ela coloca a outra mão. – Se eu pedi demais, pode me falar e vou ver outra coisa que podemos fazer, tá bom? - Ela da um sorriso singelo, sem mostrar os dentes e se aproxima um pouco mais do homem, ainda com as mãos em seu rosto.
Adam fica pensativo. Talvez fosse a privação de sono! Qualquer trabalho ou pedido que caísse em sua mão, ele o fazia bem feito. Mas agora não está conseguindo dar conta e não entende o porquê! Sua mente o cobra todos os dias.
– Eu só não que... - Ele respira fundo. – Eu só quero fazer tudo perfeito! - Falou Adam olhando fundo nos olhos da mulher.
– E você faz perfeito Adam. Mas se você não está dando conta, tá tudo bem! Eu acredito em você e mesmo que alguma coisa dê errado, não precisa ficar triste ou chateado, eu vou entender! - Responde Dalila dando as costas e saindo.
Alguns dias se passaram e Dalila saiu um pouquinho para espairecer. Não estava triste nem nada do tipo, mas precisava ter alguma ideia para ajudar seu amigo Adam. Então ela pegou o carro e saiu. Dirigiu por duas horas e parou em um lugar vazio, cercado por florestas, campo e nada mais. Ela escorou no capô do carro e ficou ali, sentindo o vento refrescante do outono, o farfalhar das folhas, o cheiro de mato, alguns insetos. Os olhos fechados e se concentrando apenas ao seu redor. Até que se lembrou de algo que sua mãe falou quando Dalila ainda era bem jovem e nem casado ainda tinha.
"O que está fazendo Dalila?"
"O que meu pai tá fazendo mãe?"
"Shhh, fale baixo, seu pai está concentrado!"
"Concentrado no que? E por que ele tá sem roupa? Ele não tá sentindo frio?"
" Ahaha. Vem cá! O seu pai faz isso quando a mente dele está cheia de coisas e ele nem consegue se concentrar em uma coisa só!"
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A FORÇA DO LOBO ESTÁ NO BANDO
WerewolfApós perder seu marido, seu pai e seu irmão, Dalila assume a liderança da alcateia mesmo sem saber como exercer tal posição. Agora viúva e mãe solteira de 2 filhos, Dalila tem que lidar com os vampiros ameaçando seu povo e outros lobisomens. Já houv...