Caso Impiedoso {CONCLUÍDO}

22

Oh meu Deus!.

Sinto a respiração quente dele no meu pescoço. Todo o sentido de certo ou errado da minha mente se perde no doce beijo sagrado no altar do meu casamento. 

- Que Deus os abençoe.

- Vamos, o carro está à nossa espera.

Aceno afirmativamente e pego na mão de Domenico antes de ele me levar para o carro que nos espera lá fora do local.

Me despeço dos meus pais enquanto meu coração dói ao ver a tristeza nos rostos deles.

- Oh cara mia, precisamos falar de algumas coisas em relação a cama de casamento?.

- Não há nada para falar, mamã. O Papá proibiu-me de avançar na cama de casamento. 

- O teu Papá é tolo! Não existe tal coisa como negar a um  homem o que ele quer na Cosa Nostra. E Domenico pode esperar alguns dias, mas não podemos esperar que ele espere para sempre.

- Eu sei. .. vou lidar com isso. Não se preocupe, tá bom?.

- Vou sentir sua falta, mia bella. Boa sorte com a recepção na casa dos sogros.

- Obrigada, mamãe. Até logo.

Beijo minha mãe no rosto antes de acenar adeus e entrar no carro.

- Dirija.

Domenico dá a ordem e o motorista começa a dirigir enquanto nós dois ficamos em silêncio dentro do carro. Ambos se recusando a iniciar conversa.

- Você vai continuar me dando esse tratamento silencioso?.

- Depois do que você aprontou no casamento, não esperava que eu ficasse quieta, né?.

- Foi tão ruim assim?.

- O que?.

- Casar comigo?.

Respiro fundo, me recusando a olhar para Domenico.

Se eu olhar para a cara dele, não sei como vou lidar com essa situação. ..

- Fale comigo, Justine. Não aguento mais esse seu silêncio.

- É melhor não falarmos nada agora.

Domenico respeita meu desejo e nós dois chegamos ao hotel depois de algumas horas. 

Quando entro, fico maravilhada com o interior belo e romântico. Noto pétalas de rosas na cama, além de um elegante lustre pendurado no teto.

- Isso é lindo demais. ..

- Você gostou?.

- Isso é uma pergunta?.