Conflito e Verdade

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Mais tarde

Katsuki entra na sala de artes da faculdade, seu refúgio onde pode se perder em sua arte e esquecer temporariamente os desafios que enfrenta como "Explosão Encoberta". Ele se dirige para um canto isolado da sala, onde uma tela em branco o espera.

Com pincéis em mãos e uma paleta de cores vibrantes à sua frente, Katsuki mergulha na criação de sua próxima obra-prima. Seus movimentos são fluidos e confiantes, como se cada pincelada fosse uma extensão de sua própria alma.

À medida que a pintura ganha vida sob seus dedos habilidosos, Katsuki se perde no momento, completamente absorvido pela magia da arte. Ele não percebe o tempo passar enquanto trabalha em sua criação, concentrado em cada detalhe, cada sombra, cada nuance de cor.

Quando finalmente termina, Katsuki dá um passo para trás para admirar seu trabalho. Diante dele, revela-se uma obra de arte impressionante: Deku retratado de forma vívida e poderosa. Seus olhos irradiam, sua postura é cheia de força e nobreza. Katsuki fica momentaneamente atordoado ao perceber que, sem querer, retratou Deku em sua pintura. Ele admira a obra com uma mistura de surpresa e fascínio, reconhecendo inconscientemente a influência de seu então amigo que continua a exercer sobre ele, mesmo quando estão separados.

Com um sorriso sutil nos lábios, Katsuki percebe que a pintura não é apenas uma representação de Deku, mas também uma expressão de seus sentimentos mais íntimos.

- Então você está aqui?.- Kirishima sorrir ao encontrar com Bakugou.

Bakugou olha para cima ao ouvir a voz de Kirishima e vê seu amigo mais próximo sorrindo para ele.

- Kirishima...- Bakugou murmura, seu tom de voz misturando incredulidade e alegria. Ele se levanta lentamente, seus olhos fixos em Kirishima enquanto ele se aproxima.

- É bom te ver, cara".- Kirishima diz, estendendo a mão em um gesto de amizade.

Os dois se cumprimentam Kirishima examina a pintura com admiração, seus olhos percorrendo cada detalhe cuidadosamente. Ele fica surpreso ao reconhecer imediatamente Midoriya retratado de forma tão vívida e poderosa na obra de arte.

- Uau, isso é incrível.- Kirishima murmura, olhando para Bakugou com admiração. - Você fez isso?.

Bakugou encolhe os ombros, seu rosto assumindo uma expressão modesta. - Apenas algo que saiu enquanto eu estava trabalhando.- ele responde casualmente.

Kirishima balança a cabeça, impressionado. - Eu não sabia que você tinha tanto talento, cara. Isso é realmente incrível.

Bakugou olha para a pintura com um misto de orgulho e desconforto. - É só uma coisa que eu fiz.- ele murmura, desviando o olhar.

Kirishima percebe a mudança no humor de Bakugou e decide mudar de assunto. - De qualquer forma, como tem sido para você ultimamente? Ouvi dizer que você tem estado ocupado com algumas coisas.

Bakugou olha para Kirishima, sua expressão endurecendo ligeiramente. - Sim, estive ocupado. ele responde evasivamente.

- Katsuki você não vai conseguir esconder para sempre, e além disso, tem o Midoriya.- Kirishima observa Bakugou se sentar novamente.

Bakugou olha para Kirishima com uma expressão séria, compreendendo a gravidade de suas palavras.

Bakugou: Eu sei, Kirishima. Não é fácil, mas é o único jeito de manter todos seguros.

Kirishima suspira, preocupação evidente em seus olhos.

Kirishima: Entendo que queira proteger a todos, mas isso está te consumindo, Katsuki. Você não pode carregar esse peso sozinho.

Bakugou abaixa a cabeça por um momento, refletindo sobre as palavras de Kirishima.

Bakugou: Eu sei... Mas não posso arriscar envolver mais ninguém nisso.

Kirishima olha para ele com determinação.

- Você não está sozinho, Katsuki. Mas antes de tudo, você deve contar para Midoriya.

Bakugou sente um aperto no peito ao ponderar sobre a verdade que precisa revelar a Midoriya. Uma mistura de vergonha, culpa e receio o consome enquanto ele reflete sobre a possibilidade de decepcionar seu amigo. No fundo, ele sabe que Midoriya o admira como herói, mas a ideia de que essa admiração possa se desvanecer ao descobrir sua verdadeira identidade o perturba profundamente.

No decorrer do dia sob a orientação do professor, os alunos passaram o dia explorando diferentes técnicas de pintura, desenho e escultura. Bakugou, conhecido por sua habilidade excepcional em expressar emoções através da arte, mergulhou profundamente em seu trabalho, dedicando-se intensamente a cada pincelada e traço.

Ao longo do dia, o estúdio de arte estava repleto de uma atmosfera de criatividade e camaradagem. Os alunos trocavam ideias, compartilhavam técnicas e se inspiravam uns nos outros enquanto trabalhavam em suas obras.

Enquanto o sol se movia pelo céu, iluminando o estúdio com uma luz suave, Bakugou continuava a trabalhar incansavelmente em sua nova peça. Ele estava imerso em seu processo criativo, perdendo a noção do tempo enquanto se dedicava a dar vida à sua visão artística.

À medida que a tarde avançava, a luz do sol começava a diminuir, tingindo o estúdio com tons dourados e alaranjados. O ambiente tranquilo e sereno do estúdio proporcionava um refúgio temporário para Bakugou, permitindo-lhe concentrar-se completamente em sua arte sem a pressão das situações de risco que enfrentava como herói.

Enquanto a noite começava a cair lá fora, Bakugou olhou para sua obra de arte com satisfação. Ele sentiu uma sensação de realização e calma, sabendo que tinha criado algo verdadeiramente significativo.

Com a chegada da noite, Bakugou guardou seus materiais de arte e se preparou para deixar o estúdio, Bakugou sentiu um aperto repentino em sua cintura quando alguém o agarrou por trás. Seus sentidos entraram em alerta máximo enquanto ele tentava identificar quem era, seu corpo tenso e preparado para reagir instantaneamente.

- Quem diabos...?" Bakugou começou a dizer, sua voz soando tensa e autoritária.

Mas antes que pudesse terminar, ele ouviu uma risada familiar atrás dele. Ele relaxou ligeiramente ao reconhecer a voz.

"Surpresa, Katsuki!"

Era Ochaco Uraraka, sua colega de classe e amiga de longa data, que estava brincando com ele. Bakugou soltou um suspiro de alívio misturado com uma risada nervosa.

- Você quase me deu um ataque cardíaco, Uraraka!- Bakugou respondeu, seus músculos ainda tensos da surpresa.

Ochaco soltou uma risada calorosa, soltando Bakugou e dando um tapinha em seu ombro.

- Desculpe, Katsuki! Eu só queria te surpreender um pouco.- disse Ochaco, com um sorriso travesso no rosto.

- Doida doida. Fala o que você quer?.- Disse ele terminando de guardar suas coisas.

- Vamos a uma boate hoje? Só eu e você.- Ela sorri.

Bakugou arqueou uma sobrancelha, surpreso com o convite de Uraraka. Ele não estava acostumado a passar tempo com ela fora da escola, mas algo na maneira como ela falou o fez considerar a ideia.

- Uma boate, huh?.- Bakugou respondeu, pensando por um momento. - Por que não? Pode ser divertido.

Alguém observava os dois, aparentemente era Izuku Midoriya.

Tons de Explosão (BakuDeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora