Capítulo 18

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A mente de Andrew ordenava que recusasse, porém o hálito doce de Kai, tão próximo dos seus lábios, era um convite irrecusável. Umedecendo a própria boca, percorreu os traços do rosto do vampiro, que permanecia fitando-o com brilho nos olhos.

“É só um beijo… Ninguém vai saber”, pensava, movendo a cabeça lentamente de forma positiva enquanto levava a mão até a nuca de Kai.

Os músculos de Kai se contraíram ao toque e suas íris aumentaram. Suas mãos retornaram à cintura de Andrew, como se sempre lhes pertencesse.

Nada se ouvia além das respirações dos dois e os batimentos de Andrew, que agora parecia manter o coração em sua garganta. Uma onda de magnetismo percorria da ponta dos dedos de Andrew até o local em que Kai tocava.

Fechando os olhos, Andrew provou do beijo do vampiro. Todos os seus sentidos se misturaram. O cabelo de Kai era tão macio, como finos fios de seda escorrendo por seus dedos. A língua, contrariando mais uma vez a crença de Andrew, era quente e passeava pela sua em um ritmo que lhe fez esquecer do mundo ao redor.

Inconsciente de seus próprios atos, Andrew chupou a língua de Kai, sentindo que a respiração do vampiro se intensificava e as presas cresciam contra seus lábios.

Não teve  medo. Pelo contrário, deixou-se levar pela curiosidade e tesão, sem se preocupar que Kai sentisse o volume dentro de suas calças. Queria que ele sentisse.

Kai tentou dar um passo para trás, mas Andrew avançou, recusando-se a diminuir a distância que havia entre os batimentos de seus corações. O vampiro não protestou, aceitou a vontade de Andrew, que já descia a mão até seu abdômen, empurrando-o ainda mais para trás.

Ao adentrar a camisa de Kai, a textura aveludada de sua pele em conjunto com seus músculos, que entravam em frenesi por onde a mão de Andrew passava, indicava o tamanho do controle que Kai precisava ter para não ceder aos seus instintos.

O membro do vampiro roçou contra o de Andrew, que, sem nem hesitar, baixou ambas as calças de moletom, deixando que suas peles se unissem. Envolveu os dois com sua mão, movimentando-a lentamente para cima e para baixo.

Andrew havia entrado no caixão com Kai, mas ao abrir os olhos para apreciar o encontro de seus sexos, foi repentinamente erguido pelas coxas, que se encaixaram na cintura de Kai, e, antes que questionasse, sentiu a maciez do colchão da cama de Kai sob seu corpo e o peso do vampiro cair sobre seu peitoral.

Kai já não controlava tanto a intensidade de seus atos. Tinha necessidade daquele beijo, daquele corpo, daqueles toques. 

Andrew, rendido ao prazer, ergueu a blusa de Kai, expondo o dragão que lhe cobria a pele, e como se o pescoço de Kai o convidasse, pressionou seus lábios contra a pele do vampiro. Kai recuou, arregalando os olhos, então, após percorrer o rosto de Andrew e parar o olhar sobre sua boca, suavizou a expressão e deixou que continuasse.

   – Tudo… Ah… – Andrew agarrou a bunda de Kai ao sentir a fricção que ele fazia contra seu pau.

   – Sim. – Kai aproximou a boca até a jugular de Andrew, que congelou ao sentir o calor sobre sua pele, então ergueu o tronco para remover seu casaco. – Não irei te morder, por mais que…

Andrew pôde ver a sede em seu olhar, ainda preso em seu pescoço, mas Kai balançou a cabeça, as pontas de seu cabelo provocando cócegas sobre o rosto de Andrew, e removeu as peças de roupas.

   – Então me chupa de outra forma – sussurrou Andrew, colocando o cabelo de Kai atrás da orelha.

O sorriso de canto que surgiu em Kai apenas o deixou ainda mais sedutor. Ele deu mais um beijo na boca de Andrew, então iniciou o trajeto de seus lábios até o membro que parecia querer fundir-se à sua coxa, passando pelo mamilo de Andrew e dando uma sugada tão suave que chegava a ser obscena.Com a ponta dos pés, Andrew livrou-se dos tênis e das meias, desejando pelo o que estava por vir. A mão de Kai era tão firme… Sua língua… Andrew agarrou o lençol, arqueando as costas quando os lábios do vampiro pressionaram-lhe a cabeça do pau.

A eternidade mordeOnde histórias criam vida. Descubra agora