"Le mariage du siècle"
Paciência, era o que faltava a Mary naquele momento.
A Condessa estava impaciente com o silêncio do seu noivo às vésperas do casamento. O que não deixava nada fácil.
Depois da discussão que tiveram sobre a abdicação de Henry,eles não se resolveram,Nicolas ainda estava chateado.
Isso fazia com que ele, o Delfim, ficasse distante,frio e em silêncio quando se tratava de Mary,que por muito tempo tentou entender o lado dele,mas ela não podia manter aquilo mais.
Ela não queria casar com o homem de sua vida,sabendo que depois ele o ignoraria na viagem que eles fariam,e quando estivessem sozinhos.
Nicolas estava em uma reunião com alguns conselheiros que já se adiantaram planejamentos sobre o governo do futuro rei,que já tinha data de início prevista, quando a sala foi invadida por uma mulher furiosa.
—Precisamos conversar , Nicolas —Mary diz entrando na sala e falando alto.
— Agora? — O rapaz a olha incrédulo indicando os outros homens na sala.
—Sim! Agora —A mulher responde.
— Estão liberados. — Nicolas diz para os conselheiros enquanto encarava a noiva com certa revolta.
Os homens saíram da sala deixando o casal sozinho.
—Chega Nicolas! Você não irá mais me tratar assim —Mary se pronuncia.
— Eu não estou te tratando diferente...— respondeu num tom baixo e moderado.
—Não? Imagina se estivesse —Retruca chateada.
— Eu só ando ocupado...— O francês murmurou encarando os papeis que estavam na frente dele,sobre a mesa.
—VAI SER ASSIM A PORRA DO NOSSO CASAMENTO? VOCÊ OCUPADO DEMAIS PARA A NOSSA FAMÍLIA?—A australiana explode.
— Eu estou ocupado para você, não para o meu filho. — Responde sério — Mary quando eu pensei que nada poderia me desestabilizar mais,que tudo estava bem,eu recebo a notícia que tenho data marcada para me tornar o Rei da França. Eu esperava o mínimo de apoio seu,eu precisava de um abraço, de você me dizendo que tudo ia ficar bem. Mas então você surtou mais do que eu,dizendo que eu te prometi paz. Sim,eu prometi,mas quem disse que não podemos viver em paz sendo monarcas? — questiona sem perder a postura — Não quer passar por isso de novo? O seu problema pode ser resolvido com um papel específico e uma caneta. — retruca — Eu preciso de apoio,mas se não puder fazer isso...se preferir me condenar ao invés...me dê seis meses e eu te dou o divórcio. — finaliza se afastando da australiana. — Me dei muito bem sendo pai solteiro por dois anos...
—Nunca,nunca mais repita que eu não te apoio...eu te apoio...só naquele momento eu vi tudo desabando para mim novamente...—Diz séria —Se coloque no meu lugar também...o tanto que tivemos que lutar para estar juntos? O quanto tivemos que insistir para que tudo desse certo? Muito Nicolas...naquele momento eu me vi perdida novamente...vi tudo desmoronar...o meu casamento que nem começou já estava condenado naquele momento...eu implorei para Deus, para que fôssemos felizes, que tivéssemos paz, sem Camille, sem o fardo da coroa, sem nada que pudesse nos atrapalhar...eu entendo que o peso da coroa não tem como nos livrarmos...mas...mas eu me senti insegura...—Mary se senta em uma cadeira —Eu pedi desculpas e perdão a você todos os dias depois daquilo...eu tentei me redimir...só que você não me deu abertura...
— A sua falta de confiança em mim,é algo evidente. — Ele responde sério — Nosso casamento não está condenado, você está condenando antes mesmo que aconteça. Você imagina o quanto eu me senti inseguro ao ver você desabar? Era para eu surtar. Era para eu gritar e dizer o quanto estava insatisfeito com a situação. Isso nem ao menos envolve você ainda. — retruca rindo sem humor — Eu aprendi com o meu pai,que casamento e governo são coisas distintas,O rei é casado com a rainha, mas apenas Henry e Alicia podem dizer o que o casamento deles vai se tornar entre quatro paredes. Eu não sou Frederik,e nem pretendo errar como ele errou com você. Todas as vezes que eu te peço para demonstrar o mínimo de confiança em mim você me deixa na mão.
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ENNEMIS™ - Queen Consort Mary of Denmark
Fanfiction"O amor e o Ódio caminham juntos" Quantas vezes já ouvimos essa frase? A Verdade é que : O amor está mais perto do ódio do que a gente geralmente supõe. São o verso e o reverso da mesma moeda de paixão. O oposto do amor não é o ódio, mas a indifere...