SINOPSE
***LADY MARSALLA***
Johanne conhecia bem o orgulho e a cólera da família Brishen. Fora casada com um deles - Jeffery - e, até que ele morresse, experimentou todas as provações que o inferno lhe poderia oferecer. Conhecia também a luxúria, a...
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— E então?... — Perguntou. — Como é que está a minha paciente mais importante hoje? Dor de cabeça?
— Não, hoje não... — Respondeu Johanne, levantando os olhos do livro que tentava ler. — Mas me sentiria melhor se você me deixasse sair da cama.
— Paciência, paciência!... — Ralhou Zarga. — Você tem que repousar, já disse. Perdeu muito sangue. Ferimentos na cabeça são sempre assim. Além disso, aquela batida foi um choque e tanto.
— Mas eu já me sinto mais forte.
— Ah! Se tentasse levantar ia ver só como ainda está fraca. — Os olhos prateados de Zarga se ensombreceram. — Por favor, humana Johanne, ouça o que estou dizendo. Só eu soube a gravidade do seu estado quando o lorde Drake e o elfo Areax a trouxeram para cá há três dias. Tinha concussão cerebral e por algum tempo cheguei a achar que ia precisar de uma transfusão de sangue. Seu sangue estragou todo o estofamento da carruagem do lorde Brishen. a bruxa Safira teve que socorrer uma sereia, pois isso não estava aqui.
— Ora, Zarga, não precisa dar esses detalhes mórbidos. — As duas riram. Johanne sabia que a leveza da Sílfide servia de fato para encobrir a seriedade do ferimento.
Ao recobrar a consciência completamente, Johanne se lembrava muito pouco do que tinha acontecido depois de Ella puxar o gatilho. Imagens soltas dançavam diante de seus olhos, encobertas por nuvens de dor. Lembrava-se da pistola cintilando ao sol e fazendo um arco no ar antes de mergulhar nas águas do lago, atirada por Drake, ele havia destruído o artefato. Lembrava-se de um amontoado de rostos passando por ela, de diversos seres gritando em suas línguas originais e depois do relinchar de muitos cavalos, o som das rodas da carrugem soando forte, cortando as pedras polidas, dava pra sentir o cheiro da madeira queimando por causa da velocidade empregada.
Lembrava-se de Drake e Areax, os dois seres tão diferentes, cujas feições adquiriam um ar extremamente semelhante quando estavam determinados num momento de crise. Ella, chorando, absolutamente arrasada e, estranhamente, lembrava-se também de Morgana, excitada em seu ressentimento, arrogância e... culpa.
— Sabe por que estou aqui? — Perguntou Zarga. — Vamos retirar o curativo. É claro que os pontos ainda vão ficar uns dias, mas vai ficar livre de toda essa gaze. Tentamos usar magia de cura, mas o seu corpo já estava repleto da essência do lorde Drake, ele tentou conter o sangramento, mas o seu corpo acabou sugando a energia vital dele, como uma vampira. Esse fato, fez com que me chamassem.
— Que bom! Mas não sei por que isso aconteceu. — Murmurou Johanne, abandonando-se às mãos experientes de Zarga, ajudada por uma Ondina enfermeira.
Geralmente as Sílfides são seres puros e muito belos. Dotadas de uma pele branca e muito fina, como de porcelana. Seus olhos são prateados ou brancos. São altas e extremamente bonitas. Possuí cabelos leves, longos e soltos, que se movimentam conforme as ondas. Seus cabelos podem ter a coloração branca acinzentada ou negra. Elas costumam trajar como roupas uma gaze azul ou branca para confundir com o vento, ou, roupas leves e esvoaçantes.