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Jimin encostou sua cabeça sobre o peito do mais velho, sentindo as mãos de Jungkook sobre suas coxas, conseguia sentir o corpo atrás de si completamente tenso.

— Estava no Afeganistão quando soube que meus pais e meus tios foram mortos, por alguns traficantes. Meus pais trabalham disfarçados, e meus tios, infelizmente estavam na hora e lugar errado...

Ele deu uma pequena pausa.

Jimin sentia a dor na sua voz do outro, sua garganta começava a se fechar, sentindo suas lágrimas se acumularem em seus olhos.

Mesmo meus pais sendo horríveis, eu não consigo imaginar a dor que sentiria se eles morressem! — Jimin pensou, engolindo mais o seco.

— Depois que voltei, acabei tendo em mãos o relatório daquele fatídico dia. A princípio eu fiquei com muita raiva, eu queria vingança, eu queria acabar com com esses filhos da puta, então meu primo, Wesley...

Jimin olhou para trás assustado.

— Wesley é seu primo? Porque não me disse?

— Sim, ele é! Você já vai entender, o porque eu não te disse nada!

Jimin assentiu, sentindo um mal pressentimento.

— Ele entrou para o movimento, enquanto eu trabalhava na Colômbia, disfarçados, depois que ele conseguiu confianças de todos. Ele descobriu que Iseul, é miliciano.....

Jimin sentiu o ar faltando de seus pulmões, ele engolia o seco várias e várias vezes, ligando uma coisa na outra, ele não conseguia falar, era como se tivesse perdido a voz.

Seu coração doía, sua cabeça começava a latejar não querendo acreditar que seu Pai foi capaz de encomendar morte de duas pessoas.

— Amor?

Jungkook ficou preocupado com aquele silêncio absurdo do menor, viu como o peito de Jimin subia e descia rapidamente, o deixando ainda mais nervoso.

— Desculpa! Desculpa!

Jungkook o abraçou por trás, apoiando sua cabeça sobre as costas do menor, deixando as primeiras lágrimas caírem de seus olhos.

— Continue...

Jimin disse baixo, foi como um sussurro, se as águas não estivessem calmas, o mais velho, não iria conseguir ouvir.

— Wesley descobriu, ele tem provas, que Iseul armou uma casinha para meus pais. — Jimin apertou suas mãos sobre as mãos tatuada do outro. — Primeiro, ele recebeu propina para afastar os polícias de uma certa área, então ele pediu para todos os polícias fazem a ronda em lugares estratégicos, para eles não passarem naquele local.

Jimin fechou os olhos, sentindo seu estômago se revirar, sentindo nojo e repulsa por ser filho de Iseul.

— O local era em um galpão, onde dois chefes de facção estariam, eles iriam fechar um acordo de drogas... Nesse dia específico, meus pais estavam com meus tios, estavam planejando uma festa de boas vindas, eles sabiam que eu voltaria para o Brasil em algumas semanas... Iseul ligou para meus pais, pedindo ajuda, que o carro dele tinha acabado a bateria, ele deu a localização do galpão.... Depois, eles ligou para um informante dele de dentro da facção, dizendo que ficou sabendo policiais disfarçados estavam indo ao encontro deles. — A voz de dor e chorosa, era ainda mais evidente naquele ponto da conversa. — Ele só não contava que meus tios também estariam juntos...

Jimin estava estático, sua mente travou, era muita coisa para absorver, mais a única coisa que ele sentia em seu peito era uma mistura de repulsa, dor, horror.

Algemas And BarricadasOnde histórias criam vida. Descubra agora