— Entre, então — acrescentou ele, com um convite claro. O som de sua voz ecoou suavemente sobre o som da água corrente.
Um momento depois, a porta se abriu e Summer entrou na sala. Carl podia ouvir os passos dela enquanto ela entrava, mas não conseguia vê-la devido à porta do chuveiro ligeiramente embaçada.
O som da água ficou um pouco mais alto à medida que dois corpos ocupavam o mesmo espaço, e Carl sentiu uma mistura de expectativa e excitação.
— Então, você nunca tomou banho com ninguém, né?— Summer brincou, sua voz carregando uma pitada de diversão.
Carl riu levemente, sua voz também cheia de humor.
— Não, não, ninguém. — ele admitiu. — Esta é uma experiência nova para mim.
— Acho que tenho experiência nisso, já tomei banho com tanta gente...
ela brincou.
Carl riu novamente, tanto por seu tom provocador quanto por sua admissão arrogante.
— Ah, é mesmo? — ele respondeu, sua voz com um tom brincalhão. — Devo estar na presença de uma especialista então.
Houve uma pausa enquanto Carl continuava tomando banho sob o jato de água, o jato atingindo seu corpo.
— Então, o que devo esperar desta experiência?— ele perguntou, sua voz carregando uma pitada de curiosidade.
Carl podia senti-la se movendo pelo pequeno espaço, e então o corpo dela roçou suavemente o dele, a pele ligeiramente úmida e quente.
Carl respirou fundo com o contato repentino, o toque inesperado causou um arrepio na espinha. Ele ficou parado, deixando o corpo de Summer entrar em contato com o seu, uma sensação ao mesmo tempo tentadora e estranha.
— Lembro-me de quando fizemos sexo pela primeira vez naquela farmácia há sete anos... como é que na primeira vez eu já estava grávida de gêmeos?
ela riu, molhando o cabelo loiro.
Carl riu da lembrança dela, lembranças daquela noite voltando.
— Sim, não perdemos tempo naquele dia, não é? — ele disse, sua voz contendo uma mistura de humor e carinho pela memória.
— Eu nem sei como devo te chamar agora... já faz tanto tempo.
Carl parou por um momento, a pergunta pairando no ar. Ele também não tinha pensado nisso.
— Acho que podemos ficar com 'Amor' — sugeriu ele, sua voz cheia de nostalgia. — Isso funciona para você? Ou talvez pudéssemos tentar algo novo.
Ela sorriu, colocando os braços em volta do pescoço dele e tocando seus lábios, depois de tanto tempo.
Os olhos de Carl se fecharam quando os braços dela envolveram seu pescoço. Ele sentiu a pressão suave dos dedos dela em sua pele, o toque dela enviando uma corrente elétrica por seu corpo. Quando seus lábios se encontraram, um turbilhão de emoções há muito reprimidas se agitou dentro dele. O gosto e a sensação dela contra ele acenderam um fogo que ele pensou ter sido extinto anos atrás.
O beijo se aprofundou e as mãos de Carl foram até a cintura de Summer, puxando-a para mais perto dele. O calor de seus corpos, combinado com o vapor do chuveiro, criava uma atmosfera quase onírica. Os sentidos de Carl foram inundados pelas sensações da pele dela contra a dele, pelo gosto dos lábios dela e pelo som de suas respirações irregulares ecoando no pequeno espaço.
Ele podia sentir a batida do coração dela contra seu peito, um ritmo silencioso que parecia combinar com o seu. O beijo foi repleto de uma mistura de ternura, paixão e nostalgia, uma reconexão de duas almas que estavam separadas há muito tempo.
Henry Blacke
O dia amanheceu como todos os outros, Summer e Carl sumiram a noite toda por algum motivo, e hoje Lori nao saiu de perto de mim, como todos os dias.
— Hey Carl! posso falar com voce? — eu, Henry o gritei.
Carl ouviu o grito de Henry e caminhou até ele, com uma expressão interrogativa no rosto. — Sim, o que houve?
— Lori, vai la com seu irmao um segundo por favor? — sugeri a pequena, e ela concordou com a cabeca, logo me dando um beijo no rosto.
— claro, pai. me chame assim que puder!
ela correu ate Carl Jr, e entao fiz um sinal para Carl se sentar ao meu lado.
Carl observou Lori fugir e depois voltou sua atenção para Henry. Ele sentou-se ao lado dele, com uma pitada de curiosidade em sua expressão.
— Vou direto ao ponto. Eu nao gosto de voce, e voce sabe disso. mas tudo isso tem um simples motivo, voce roubou a minha mulher de mim.
A expressão de Carl endureceu com a acusação contundente. Ele esperava uma conversa difícil, mas a franqueza de Henry ainda o pegou desprevenido.
— O que eu não entendi é que quando você chegou ela disse que você era um velho amigo, mas ontem ela disse a seguinte frase 'meu marido voltou'.