RECOMEÇAR É PRECISO.

capítulo 39

Rose

Dois meses depois ...

Fiquei olhando para o teste de Gravidez, sabendo que por estar com enjôos matinais e os seios doloridos só poderia dar positivo.

Há três meses que Aly partiu e na época tivemos nosso momento de amor sem uso de proteção e  mesmo estando amamentando corria o risco de acabar engravidando.

_ E aí Rose, confirmou suas suspeitas? __ indagou Maria .

Confirmei, movendo a cabeça.

Maria tem sido um alento junto com Yanna e as crianças.

_ Quem poderia imaginar que a enfermeira pacata e inocente  acabaria casada com um mafioso Russo, e em menos de três anos teria três filhos e a espera do quarto  __ falou Maria em tom de brincadeira.

Olhei para ela e em minutos revisitei na memória desde o dia em que coloquei os olhos em Aly, até aquele momento.

_ Quem diria  _ Respondi 

_ Mulher! Daqui a poucos dias você estará com seu love ao seu lado. Aquele homem tem sete vidas _ Chamou minha atenção.

_ É verdade! Creio que eles já estejam a caminho.  Mas eu não quero viver desta maneira. Vou ter uma conversa sério com Aleksey quando ele chegar _   Falei séria

_Você sempre foi problemática! Eu não me importo com a vida que Ciro escolheu. Por mim está tudo bem _ Chamou minha atenção.

_ Você sempre gostou de viver com adrenalina no corpo. Eu já não gosto. Sou medrosa. Me faço de dura porque tenho os bebês. Lara e Benjamim estão crescendo, até Theodore já está crescido e logo fará um ano de vida.

A porta foi aberta e Yanna entrou.

_Já fez o exame? _ perguntou

As duas estavam desconfiadas antes mesmo de eu contar que estava atrasada, com enjôos e os seios doloridos.

_ Não teve escapatória! Amamentando e não se prevenindo, só poderia dá em gravidez _  Maria falou entortando a boca. Mania que tinha.

_ Está tudo bem com você  Rose ? Está tão calada._ Yanna perguntou

_ Está. Só um pouco assustada. Não vejo a hora de ver todos de volta em casa. Que tudo acabe e que tenhamos paz para seguir com nossas vidas sem medo _ Respondi.

_ Tudo terá um fim _ Respondeu Yanna.

_ Já está na hora de dar o jantar às crianças e colocá- los para dormir _ Falei

Não adiantava chorar, ou me preocupar antes da chegada de Aly e saber como será nossa vida pós guerra.

Depois de alimentadas, as crianças  foram levadas pelo Paulo para dormir. Theodoro continuou dormindo no meu quarto.

O mar estava agitado. Relâmpagos e trovões cortavam o horizonte.
Tomei um banho e tentei dormir, mas me virei na cama até quase de manhã. Adormeci com a mente cansada de tanto pensar.
Acordei com um barulho. Alguém estava batendo na porta.

Me levantei e quando abri, Paulo estava parado na porta. Seu rosto estava com expressão de quem estava preocupado.

_ O que ouve? _ Perguntei aflita.

_ Calma, mona! Está tudo bem com as crianças - Tranquilizou-me.

Ele sabia que eu pensaria que algo pudesse estar acontecendo com um dos meus bebês.

Abri mais a porta, para Paulo entrar e tranquei.
Paulo não viria até aqui se não fosse importante.

_ Quero que você me escute sem me interromper, ok?