Capítulo um: Princesa Astória

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  Dedico esta fanfic aos meus leitores, embora haja uma que realmente mereça destaque: @GabrielliFreitasdaSi. Sendo a primeira a ler o rascunho do primeiro capítulo e gostando muitíssimo, me motivou a investir nesta história, que agora vejo seu real valor. Muito obrigada, cara leitora, por não desistir de mim. Desejo agora a todos uma boa leitura.


  Por mais que o termo era uma vez seja exclusivo de contos de fada, me vejo obrigada a usá-lo pois a história que desta vez conto é de uma princesa.

Era uma vez uma bruxa que se chamava Astória Greengrass. Possuía sedosos cachos castanhos, os quais batiam na cintura. Os olhos, tão marrons e doces quanto um chocolate. Embora Astória Greengrass não seja de fato uma princesa, foi criada com todos os privilégios de uma.

Nasceu e cresceu no vilarejo de Noble Grass, o qual os terrenos – em maior parte – eram agrícolas. Como todas as propriedades – residenciais ou comerciais – estavam em nome da família Greengrass, é certo dizer que o vilarejo pertencia a tais bruxos.

Não tome conclusões precipitadas. Não basta ser apenas muito rico ou um puro-sangue. Este é um privilégio dado a pouquíssimas famílias da nobreza. Sua moradia era digna de sua pessoa. Habitava em uma mansão, a Fazenda Greengrass. Uma residência quase tão antiga quanto a própria Noble Grass. Por cima de um muro baixo de tijolos era possível vê-la. Ou melhor dizendo, apreciá-la.

No curto caminho dos portões de ferro à mansão havia árvores nos contornos da pista. A mansão fora construída por tijolos claros e possuía uma grande variedade de janelas. Tinha-se quartos o bastante para acomodar a todos os camponeses. Possuía uma piscina interna e externa. O jardim também era maravilhoso. Um pouco mais distante dali havia hectares reservados para a colheita. Era um lugar maravilhoso. Simplesmente maravilhoso.

Por isto a defini como princesa. Ela tem nome, um castelo e posses para tal qualificação.

Nesse início de história não possuía mais de nada mais que dezenove anos. Ah, como era bonita a nossa Astória. A beleza não era comum. Exalava um brilho intenso dela. Seu sorriso era capaz de fazer o ser mais amargurado feliz. Uma pena que alguém tão bela agora vestia luto. Usava um vestido inteiramente negro. E as joias não eram nada chamativas.

Já descendo a escadaria da mansão ouviu uma bela melodia. Seguiu para a sala de estar informal. Era um ambiente muito claro. Com pilastras cilíndricas impressionantes, estantes de livros e um conjunto de sofá voltado para a lareira.

Sendo uma fazenda, a decoração era um pouco mais rústica, possuindo em sua grande maioria móveis de madeira. O verde e marrom predominavam, pois eram as cores dos Greengrass. Marrom representava a terra em que se planta e o verde, o fruto que floresce. Claro que havia um toque de elegância pela casa.

A música vinha de sua irmã menor, a qual tocava delicadamente sua arpa. Por mais que houvesse dois anos de diferença, já houve confusões sobre serem gêmeas. Eram muito semelhantes fisicamente. A única diferença era que Daphne tinha um cabelo bastante liso e um rosto mais redondo e bochechudo. Sentado no sofá, lendo a edição matinal do Profeta Diário estava Elaiza Greengrass, seu primo. Seu cabelo ondulado mesclava entre o castanho e louro. Possuía claros olhos verdes.

- Bom dia. – Cumprimentou Astória

Daphne parou de tocar ao vê-la e arfou.

- Ainda está de luto? Já faz tempo que ele morreu!

- Daphne, pode ter um pouco de respeito, por favor? É do meu noivo que se refere!

- Não me julgue! Crabbe quem procurou seu fim! Além do mais, você nem sequer gostava dele! Não concorda, Elaiza?

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora