Capítulo vinte e cinco: A salsa venenosa

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  Daphne se empenhou bastante no preparo do jantar em que receberiam o Ministro da Magia e o filho dele como convidados. Dedicou-se a detalhe por detalhe.

À noite, checava a própria aparência no espelho da sala de estar formal. Usava um vestido longo cor de salmão com detalhes prateados e que tinha mangas curtas. Possuía luvas brancas extensas e joias preciosas. O cabelo foi preso em um coque alto. Estava muito sofisticada.

- Isso não é nada bom. - Comentou Elaiza, lendo o jornal, sentado no sofá

- O que foi? - A prima quis saber

Nada satisfeito, entregou a edição do Profeta Diário. Daphne realizou uma breve leitura. Automaticamente, a cara dela se fechou, como a do loiro.

- Era o que me faltava!

Escondeu o jornal atrás das costas ao ouvir passos. O pai quem apareceu. Trajava roupas negras formais. O cabelo estava perfeitamente penteado.

- Como estou? - Ele questionou

- Um pedaço de pão, papai.

- Um pedaço de pão? Você tem o quê? Cinquenta anos? - Atormentou Elaiza, que ganhou uma revirada de olhos como resposta - Está muito bem, tio.

- Obrigado. E o jantar, Pardalzinho?

- Às mil maravilhas! O Sr. Crouch vai sair daqui achando que esteve no céu. Pode confiar em mim.

- Eu confio. Nunca duvidei das suas capacidades.

O Dr. Greengrass achou muito estranho quando ninguém veio ajustar a roupa dele, nem lhe servir uma bebida. Lembrou-se que a primogênita quem se encarregava disso. É só esperar ela se acalmar. Sabiá vai voltar para casa logo, pensou para se consolar. Afastou-se dos pensamentos negativos ao ouvir a porta da frente sendo aberta.

- Deve ser eles! - Deduziu Daphne

O trio assumiu uma postura mais composta. Para a surpresa deles, Pin apareceu com o casal Slughorn. Desmancharam o sorriso instantaneamente. Os idosos não tinham vindo por acaso, pois também usavam roupas finas.

- Boa noite. - Falou a mais velha, sorrindo na maior cara de pau

- Vovó? Vovô? O que fazem aqui?

- Dinorah, você não me disse que fomos convidados? - Censurou o esposo

- Somos avós. Não precisamos de convite. - Fitou a neta - Ou será que vai negar um prato de comida aos próprios avós que só te querem bem?

- Não, é claro que não.

Apesar de ter ficado chateada com a falta de bom senso da avó, procurou não dar muita importância e mandou Pin acrescentar dois pratos. Vovô Horácio, que ficou muito constrangido, pediu perdão ao genro. O curandeiro apenas balançou a cabeça, despreocupado.

- Não sei porque está surpresa, Daph. É claro que sua avó não recusaria um prato de comida de graça. - Provocou Elaiza

- Quem é sustentado nesta casa há anos é você! - Revidou a idosa

- Podem parar os dois! - Intrometeu-se o fazendeiro quando começariam uma discussão - Eu não quero saber de brigas esta noite! Fui claro?

Ambos murmuraram uma resposta afirmativa. O dono da casa se espantou ao ver a própria mão vazia. Normalmente, um copo de uísque de fogo já teria lhe sido entregue àquela hora. Recordou-se que Astória quem preparava suas bebidas. Ficou se perguntando quantas pequenas coisas a filha era responsável e como nunca deu muita importância àquilo.

Ouviram a porta da frente sendo aberta pela segunda vez.

- Agora são eles! - Exclamou Daphne

Novamente adquiriram uma postura composta e nem um pouco natural. E novamente não era ele. E sim, o vovô Gregory.

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora