Capítulo seis: Uma irmã por outra

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  À noite, Dr. Greengrass estava verdadeiramente exausto. Além de passar o dia em St. Mungus, precisou lidar com questões da fazenda.

Sentava-se em uma poltrona, no seu escritório.

- Oi, papai.

A tensão em seu corpo diminuiu ao ver Astória em sua porta, sorrindo. Já usava sua camisola.

- Oi, Sabiá.

- Posso entrar?

- Claro, minha filha.

Astória se agachou diante dele e começou a tirar suas botas.

- Como foi seu dia?

- Bastante cansativo. Tive que realizar uma operação de emergência. Além das coisas da fazenda. Agora que fechamos contrato com Hogwarts, terei mais com que me responsabilizar.

- Conseguiram fechar contrato?

- Sim. Lucius usou da sua influência com o conselho. E Elaiza convenceu ao Dumbledore. Muito ardiloso, aquele meu sobrinho. Vai ser um grande homem. Diferente daquele...

A raiva foi tanta que lhe sumiu as palavras. Astória se ergueu para preparar uma bebida para o seu pai, na mesinha de bebidas.

- Papai, não se estresse falando dele. Não vale a pena.

- Tem razão, Sabiá. Embora tenhamos que cobrar menos que o normal, valerá a pena. Assim que o ano eletivo terminar, a conta será nossa. - Recebeu um copo da bebida - Obrigado, Sabiá.

- Não tem de quê, papai. - Sentou-se no sofá - O senhor não teme a ira de vovô? Ele trabalha com Hogwarts há décadas.

- Não. Eu quero mais é que ele se dane!

Deu uma risada maquiavélica.

- Papai, eu tenho que te falar uma coisa urgente. É sobre Daphne.

- Algum problema com as notas?

- Nada disso. Eu descobri que ela está infeliz com a ideia de se casar com Malfoy.

Quase que o bruxo se engasgava com a bebida.

- Infeliz? Como pode isso? Eles se dão tão bem.

- Só que não se amam, papai.

- A sua irmã é romântica demais, Sabiá. Por mais bonito que seja, é preocupante. Uma pessoa movida à emoção quase nunca segue caminhos lógicos.

- A vida é mais do que caminhos lógicos. Ela não quer se casar. Nunca quis. Porém, eu possuo uma solução.

- E qual seria?

- Eu me caso em seu lugar.

Dr. Greengrass deu uma risada.

- Muito engraçado, minha filha.

- Não fiz piada alguma.

- Não pode estar falando sério, Astória. Você se voluntariar como noiva não tem sentido.

- Por que não?

Sua resposta foi impedida de ser ouvida graças a chegada de Daphne.

- Papai, pode me emprestar uma pena, por favor?

A tensão não poderia estar mais evidente. Primeiro olhou para o seu pai. Depois para a irmã. Foi então que matou a charada.

- Você não está tentando convencer papai com aquela ideia louca, está, Astória?

- Eu estou sim, se quer saber.

- Eu não já lhe disse para deixar isso quieto? Quantas vezes eu preciso falar que vou me casar conforme foi planejado?

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora