Capítulo sete: A corrida caridosa

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  Os Greengrass estavam em uma carruagem voadora a caminho da mansão Malfoy para um almoço. Já nas aproximardes, os testrálios chegaram ao chão e passaram a trotar. Os portões se abriram para eles. Embora o terreno fosse um pouco menor comparado à Fazenda Greengrass, se superava em termos de luxo. Mantinha-se isolada do mundo. Era como uma espécie de castelo das trevas.

Na realidade, Astória não gostava daquele lugar. Nunca gostou. O achava sombrio demais. Percebendo a quão tensa estava, Daphne segurou em sua mão.

O veículo parou em frente à casa. A porta foi aberta e a família desceu. As garotas, claro, receberam auxílio do pai. Um elfo-doméstico quem os recebeu e se encarregou de levá-los à sala de estar formal.

À medida que andava, a primogênita se sentia mais desconfortável. Aquele era um lar perfeito para poltergaists, de acordo com sua opinião. Trouxas a julgariam como mal-assombrada. Para combinar, uma melodia pesada e triste de piano ecoava cômodos, a qual ficava mais alta na medida que se aproximavam.

Draco quem tocava. Sua mãe o ouvia, com os olhos cheios de admiração. Já seu pai se mantinha mais crítico. A música foi brutalmente interrompida quando o jovem curandeiro viu os visitantes.

- Por favor, não pare por nossa causa. Tocava tão bem. – Elogiou o futuro sogro

- E onde estariam os meus modos? – Falou Draco, se levantando

- Os Greengrass chegaram, meus senhores. – Anunciou o criado

- Não me dita! – Disse o Sr. Malfoy em tom irônico, que fez o elfo se constranger

As famílias começaram a se cumprimentar. Embora Elaiza tenha sorrido para o amigo, enquanto apertava sua mão, havia seriedade em seus olhos verdes. Quanto a Astória, lhe reservou apenas um olá. Não estava com a mínima vontade de lhe dirigir à palavra. Sentaram-se no sofá, cada um de um lado.

- Draco, por que não volta a tocar? - Propôs o seu pai - Tocava tão bem.

- Sim, senhor.

O filho tornou a se sentar e começou a tocar, embora não fosse este seu real desejo. O rapaz nunca encontrou prazer no instrumento. Apenas foi forçado a ter aulas durante a infância. Sua falta de dedicação foi revelada quando errou algumas notas. O que deixou seu pai aborrecido. A esposa segurou na mão dele, o acalmando um pouco.

Mesmo assim, os ouvintes o aplaudiram. Ele fez um gesto de agradecimento com a cabeça e se sentou em uma poltrona.

- Eu sempre gostei muito do piano. – Opinou o fazendeiro – Uma pena que mal tenho pena para praticar.

- Nossa família sempre foi amante da arte, Albert. – Comentou a Sra. Malfoy – Lembram-se de quando Draco se apresentou naquele concerto beneficente juvenil, em 92? Recebeu múltiplos aplausos.

- Eu acho que me lembro sim. – Mentiu

- Draco sempre se mostrou exímio em tudo. – Exibiu-se o Sr. Malfoy – Daphne, quando pretende se internar no convento?

- Depois do casamento da minha irmã. - Respondeu - É um processo demorado.

- Eu conheço o bispo. Se quiser, posso conversar com ele para que mexa alguns pauzinhos. - Ofereceu-se a Sra. Malfoy

- Não há necessidade. Eu quero que tudo corra no tempo do Senhor.

Sr. Malfoy fitou o filho e apontou discretamente para Astória. O loiro assentiu e suspirou. Ajoelhou-se diante da garota e retirou o anel de noivado do bolso interno do blazer. Era de prata com uma safira legítima. A primogênita ficou aliviada por não ser o mesmo de Daphne.

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora