Os Greengrass estavam em uma carruagem voadora a caminho da mansão Malfoy para um almoço. Já nas aproximardes, os testrálios chegaram ao chão e passaram a trotar. Os portões se abriram para eles. Embora o terreno fosse um pouco menor comparado à Fazenda Greengrass, se superava em termos de luxo. Mantinha-se isolada do mundo. Era como uma espécie de castelo das trevas.
Na realidade, Astória não gostava daquele lugar. Nunca gostou. O achava sombrio demais. Percebendo a quão tensa estava, Daphne segurou em sua mão.
O veículo parou em frente à casa. A porta foi aberta e a família desceu. As garotas, claro, receberam auxílio do pai. Um elfo-doméstico quem os recebeu e se encarregou de levá-los à sala de estar formal.
À medida que andava, a primogênita se sentia mais desconfortável. Aquele era um lar perfeito para poltergaists, de acordo com sua opinião. Trouxas a julgariam como mal-assombrada. Para combinar, uma melodia pesada e triste de piano ecoava cômodos, a qual ficava mais alta na medida que se aproximavam.
Draco quem tocava. Sua mãe o ouvia, com os olhos cheios de admiração. Já seu pai se mantinha mais crítico. A música foi brutalmente interrompida quando o jovem curandeiro viu os visitantes.
- Por favor, não pare por nossa causa. Tocava tão bem. – Elogiou o futuro sogro
- E onde estariam os meus modos? – Falou Draco, se levantando
- Os Greengrass chegaram, meus senhores. – Anunciou o criado
- Não me dita! – Disse o Sr. Malfoy em tom irônico, que fez o elfo se constranger
As famílias começaram a se cumprimentar. Embora Elaiza tenha sorrido para o amigo, enquanto apertava sua mão, havia seriedade em seus olhos verdes. Quanto a Astória, lhe reservou apenas um olá. Não estava com a mínima vontade de lhe dirigir à palavra. Sentaram-se no sofá, cada um de um lado.
- Draco, por que não volta a tocar? - Propôs o seu pai - Tocava tão bem.
- Sim, senhor.
O filho tornou a se sentar e começou a tocar, embora não fosse este seu real desejo. O rapaz nunca encontrou prazer no instrumento. Apenas foi forçado a ter aulas durante a infância. Sua falta de dedicação foi revelada quando errou algumas notas. O que deixou seu pai aborrecido. A esposa segurou na mão dele, o acalmando um pouco.
Mesmo assim, os ouvintes o aplaudiram. Ele fez um gesto de agradecimento com a cabeça e se sentou em uma poltrona.
- Eu sempre gostei muito do piano. – Opinou o fazendeiro – Uma pena que mal tenho pena para praticar.
- Nossa família sempre foi amante da arte, Albert. – Comentou a Sra. Malfoy – Lembram-se de quando Draco se apresentou naquele concerto beneficente juvenil, em 92? Recebeu múltiplos aplausos.
- Eu acho que me lembro sim. – Mentiu
- Draco sempre se mostrou exímio em tudo. – Exibiu-se o Sr. Malfoy – Daphne, quando pretende se internar no convento?
- Depois do casamento da minha irmã. - Respondeu - É um processo demorado.
- Eu conheço o bispo. Se quiser, posso conversar com ele para que mexa alguns pauzinhos. - Ofereceu-se a Sra. Malfoy
- Não há necessidade. Eu quero que tudo corra no tempo do Senhor.
Sr. Malfoy fitou o filho e apontou discretamente para Astória. O loiro assentiu e suspirou. Ajoelhou-se diante da garota e retirou o anel de noivado do bolso interno do blazer. Era de prata com uma safira legítima. A primogênita ficou aliviada por não ser o mesmo de Daphne.
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Nobre Coração - Drastoria
FanfictionApós a morte inesperada do seu noivo, Astória Greengrass vê a chance de viver sua vida de acordo com seus reais desejos. Todavia, após descobrir que sua adorada irmã estava infeliz quanto ao seu noivado com Draco Malfoy, Astória se vê obrigada a int...