Capítulo vinte e dois: O golpe de Judas

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- É uma descarada mesmo! Aquela mentirosa de araque foi longe demais desta vez! - Xingou Draco

- Deveríamos abrir um processo por difamação! - Impôs Astória

- Não há mentira alguma. - Revelou Sra. Malfoy

- O quê?! - Surpreendeu-se o casal

- Aqui no Castelo Malfoy há uma sala secreta que contém registros muito antigos da nossa família. Incluindo as cartas que Armand Malfoy recebia do rei, mencionando os inimigos que queria se livrar e as terras que ganharia em troca.

Astória ficou boquiaberta. A levar pela cara de Draco, estava igualmente chocado.

- Só há três pessoas vivas que sabem da existência dessa sala e como acessar. Eu, a Narcisa e o verme do teu pai!

Apontou a bengala para a nora.

- Se é algo tão sigiloso ao ponto de nem eu mesmo saber, como o Dr. Greengrass tem conhecimento? - Quis saber o filho

- Lucius contou. - O Sr. Malfoy a encarou feio - O quê? Eles precisam saber. Quando meninos, Lucius mostrou a sala daqui e Albert, eventualmente, mostrou o da Fazenda Greengrass.

- Isso não vem ao caso, Narcisa! Eu quero saber quem teve a ideia de jerico de trazê-lo aqui? - O casal permaneceu quieto - Quem?

Draco, se comportando feito um rato, mirou a atenção no próprio pão. Não tinha a coragem de encarar o pai e nem de lhe dirigir a palavra. A esposa balançou a cabeça negativamente, expressando desaprovação.

- Meu pai veio tomar chá. Tinha a intenção de convencê-lo a não fazer nada. Eu sabia que tomaria alguma atitude e tentei contê-lo. Foi uma ideia que partiu de mim e de Draco.

O loiro a encarou cheio de revolta.

- Draquinho, você fez isso?! - Exclamou a mãe

- Francamente! - Urrou o mais velho - Eu esperava isso da desmiolada da tua mulher, mas nunca imaginei que seria tolo a essa altura!

- Eu pensei-

- Pensou? É esse teu problema! Você não pensa! Os seus neurônios cometeram suicídio! Só assim para explicar a sua burrice!

- Já chega, Lucius! - Pôs-se atrás do filho, como uma forma protetora, e alisou os ombros dele - Ofendê-lo não vai dar em nada!

- E o que é que você quer que eu faça? Nós estamos arruinados! Nosso sobrenome foi jogado à lama!

A fúria era tanta que quebrou parte da louça na mesa com a bengala, assustando a todos. Astória pegou jornal e se colocou de pé abruptamente.

- Para onde é que você vai? - Interrogou a Sra. Malfoy quando a nora estava para passar pela porta

- Eu vou ver meu pai. Se ele fez mesmo isso, quero que diga olhando nos meus olhos!

Ninguém se opôs a ida. Assim que pôs os pés para fora do Castelo Malfoy, aparatou. Os portões de ferro da Fazenda Greengrass reconheceram a sua ira porque se abriram em um só instante. Invadiu a mansão violentamente.

- Sra. Malfoy?! - Chocou Pin

- Meu pai, onde está?

- No escritório.

Nem esperou o elfo-doméstico terminar. Marchou para o escritório. Abriu a porta tão bruscamente que assustou o pai, que se sentava atrás da escrivaninha.

- Sabiá? O que faz aqui? A essa hora já deveria ter viajado!

- Eu vim te mostrar isso!

Jogou o jornal nele. O Dr. Greengrass soltou um belo palavrão ao concluir uma breve leitura.

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora