Capítulo dois: O ataque dos caça-dotes

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Feliz dia das mães!


  Era impróprio uma senhorita da Alta Sociedade ir a um condomínio trouxa. Ainda assim, isso não impediu Astória. Bateu na porta. Durante sua curta espera, ficou a olhar o corredor. Era um condomínio popular, composta por trouxas que trabalhavam para viver. Assim que a porta foi aberta, dois braços musculosos a abraçaram por trás e a puxou para dentro. Seu susto fez dar um pequeno gritinho.

- Ronald!

Ele nem sequer havia lhe dirigido a palavra. Estava ocupando beijando seu ombro nu.

- Alto lá! Não vai nem me dizer bom dia ou como vai?

- Bom dia. Como vai?

- Melhor agora.

Deu-lhe um saboroso beijo. Sem se desgrudarem, Weasley a levou para o seu quarto. O cômodo era pequeno. O banheiro particular da morena ainda conseguia ser maior. Cabia somente uma cama de casal e um roupeiro de madeira já velhinho. Nas paredes havia alguns pôsteres de seu time de Quadribol predileto, uma vassoura antiquada e fotos dele com a família e amigos.

A puro-sangue foi deitada na cama, onde fizeram amor. Após o sexo, o homem se deitou, virado para ela, e ficou a brincar com seus cachos entre os dedos. A olhava com muita ternura.

- Eu estava com saudade de fazer você minha mulher.

- Eu também. Quase que me senti virgem outra vez.

Deram uma risadinha. Não era certo uma senhorita da Alta Sociedade fazer sexo antes do casamento. Vidas eram estragadas por causa disso. Entretanto, Astória não poderia se negar aos seus desejos lascivos. Só de pensar em um mero do toque do seu amado, sua intimidade ardia.

- Sabe do que eu lembrei agora, Ast? De quando nos conhecemos.


"Era 1995. Já próximo de completar seus quinze anos, Astória havia se tornado uma adolescente de aparência caprichosa. Os cachos quase ultrapassam os ombros. Sua dedicação à aparência rendeu muita atenção masculina.

Em uma noite, exercia a função de assistente de bibliotecária - uma tarefa extracurricular da qual gostava muito. No alto de uma escada guardava livros em uma estante. Sem querer escutou uma discussão.

- Eu já disse que não, Rony!

- Por favor, Hermione! Só uma espiadinha!

- Não! Que coisa! Eu não vou deixar você colar do meu dever de Herbologia!

- Não é colar, é se inspirar! Não seja chata, Hermione!

- E você não seja irresponsável! Quem mandou empurrar as obrigações com a barriga? Bem feito!

- Você é mesmo uma...

Rony não pôde completar o insulto, pois Greengrass caiu bem em cima dele. Acontece que, alguns instantes atrás, ela se esticou para guardar o último livro, onde seu braço não alcançava. Quando conseguiu por o livro, a escada perdeu o equilíbrio e caiu. A sonserina não sofreu quase nenhum dano. Não posso dizer o mesmo do rapaz.

- Rony! - Exclamou Hermione, aflita

Rony estava esparramado no chão, com os braços abertos. Astória se apressou em se levantar e estendeu a mão para ajudá-lo a se levantar.

- Me desculpe! Eu sou uma destrambelhada! Está doendo muito?

- Está sim.

O ruivo esfregava sua bochecha dolorida.

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora