Mesmo que significasse uma viagem mais longa, o casal preferiu regressar de carruagem. Era bem mais confortável e bem mais divertido também.
Draco estava entretido com os beijos que recebia no pescoço. Astória brincava com os botões da sua camisa, como se estivesse em dúvida se iria desabotoar ou não. Por fim, a carruagem chegou ao chão.
- Nós chegamos? - Ela questionou
Draco suspirou de frustração. Quase deu a ordem ao cocheiro para darem mais algumas voltas. Astória se esgueirou para a janela, ansiosa em conhecer o lugar que moraria pelo resto da vida.
A primeira coisa que estranhou foram os muros de pedras absurdamente altos. Os portões eram tão grandes quanto e composto por uma madeira grossa e escura. Havia um M bem grande no meio.
Era possível ouvir as várias trancas sendo desfeitas. Abriram-se ao meio, dando passagem ao veículo. No caminho foi necessário contornarem uma fonte de mármore com detalhes de sereianos estampados. O transporte parou ao lado da mansão. O curandeiro desceu primeiro e ofereceu a mão para ajudá-la a descer.
- Lar, doce lar.
Astória nunca considerou chamar um lugar daquele como lar. Era um castelo gótico, constituído por cores escuras. As torres eram altas, com tetos pontudos. Havia gárgulas no alto, os quais os encarava com fixação. Sem mencionar que cheirava a terror. A Mansão Malfoy não era nada comparada àquele lugar.
Enquanto estava aterrorizada com a ideia de morar naquele castelo, o esposo pagava ao cocheiro - que logo se adiantou em ir. Um elfo-doméstico, muito tímido, que estava nos últimos degraus da escada se aproximou. Usava um farrapo como traje. Inicialmente, se ajoelhou para o homem. Por pouco encostava seu nariz no chão.
- Meu senhor. - Fez a mesma reverência para a mulher - Minha senhora. - Endireitou-se - Dobby é o nome do seu mais novo e leal servo. Dobby está feliz em servir os meus senhores.
- Olá, Dobby! É bom conhecê-lo também.
- Dobby deseja as mais sinceras boas-vindas ao Castelo Malfoy. Dobby se sentiria honrado em mostrar o Castelo Malfoy aos meus senhores.
- Agora não. - Interrompeu o loiro - Eu e minha esposa estamos cansados da viagem. Vamos descansar um pouco.
. . .
- Puta que pariu!
Astória havia acabado de levar uma tapa no traseiro. Não se lembrava exatamente do como havia chegado ali. Apenas de seu corpo banhado a suor em total movimento, pois o marido não parava de dar estocadas agressivas por trás. Havia uma disputa do que era mais alto. Seus gemidos ou o ranger da cama.
Por fim, Draco cedeu às sensações de luxúria e se permitiu ter um orgasmo. A esposa seguiu o seu exemplo. Os dois se deitaram na cama. Enquanto Astória recuperava o fôlego, deu uma boa olhada nos seus aposentos. E não gostou nem um pouco do que viu.
Abrindo a porta dupla, o primeiro cômodo a ter acesso era uma saleta com um conjunto de sofás e estantes. De um lado era os aposentos do esposo e do outro, da esposa. Toda mansão antiga possuía tal costume. Portanto, não estranhou.
Como ninguém morava ali há anos, os aposentos de casal eram idênticos visualmente. Terríveis, foi como Astória descreveu para si. As paredes eram cinzas. Os móveis, antiquados. A iluminação era quase inexistente. A única coisa que se prezava era a vista para o mar.
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Nobre Coração - Drastoria
Hayran KurguApós a morte inesperada do seu noivo, Astória Greengrass vê a chance de viver sua vida de acordo com seus reais desejos. Todavia, após descobrir que sua adorada irmã estava infeliz quanto ao seu noivado com Draco Malfoy, Astória se vê obrigada a int...