Capítulo dezessete: As peônias rejeitadas

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  Como todo homem decente, Draco acordou cedo para ir trabalhar. Já havia tomado um bom banho e fora se vestir no closet. Tomou um grande susto ao ouvir uma explosão do lado de fora. Seu primeiro pensamento foi de que estavam sendo atacados. Com a varinha em mão, correu para fora de casa.

Encontrou a madame McKinnon acompanhada de alguns ajudantes. Retiravam as gárgulas do alto e as explodiam logo em seguida.

- Ei! – O grupo se voltou para ele – Quem são vocês?

- Ah, o senhor deve ser o Dr. Malfoy. – Adivinhou a bela senhora – Eu sou madame Marlene McKinnon. Sua esposa me contratou para... reestruturar a sua casa.

- Ah, sim. Estou reconhecendo o seu nome de quando tive que preencher um cheque bem gordo.

- Garanto que cada sicle vai valer a pena, doutor.

- Eu não duvido das suas capacidades. Quanto tempo vai levar para reestruturar?

- Dentre de duas ou três semanas.

- Dentre de duas semanas?

- Ou três.

Enquanto o homem estava visivelmente irritado, os lábios tingidos de vermelho da decoradora esboçavam um sorriso.

- Certo, certo. Mas tem necessidade explodir as gárgulas? Nem são oito horas da manhã!

- Para ser franca estou obedecendo ordens expressas da sua esposa.

- É claro que ela mandou fazer isso. – Murmurou para si

Sem dizer mais nada, deu as costas e regressou ao castelo em passos largos. Apesar de ouvido a madame McKinnon mandar seus empregados voltarem ao trabalho, tomou um susto com outra explosão.

- Astória! Astória!

A encontrou na sala de estar informal sentada no divã, lendo uma revista de moda. Suas belas pernas estiradas quase o fizeram se esquecer de sua raiva.

- Astória! – A chamou, lutando para não se seduzir

- Que foi?

- Por acaso já viu aquela gente que está lá fora?

- Sim. Já os conheceu?

- Infelizmente. Eu até entendo que queira deixar a casa ao seu gosto. Mas por que haver explosões logo tão cedo?

- Prefere que seja mais tarde?

- Astória!

- Ah, é que... eu fiquei com medo daquelas gárgulas. Mandar tirar não seria o suficiente. Vai que são amaldiçoadas e tentam puxar meu pé a noite. Não quero correr riscos.

- Pelas barbas de Merlin! Que ideia de jerico essa sua! Eu autorizei essas mudanças porque achei que seriam silenciosas! Não gosto quando tomam meu sossego!

A bruxa se ergueu para ir até ele e passou os braços em volta do seu pescoço.

- E vão ser silenciosas. As gárgulas foram só uma exceção. Tenho certeza de que você nem vai se dar de que estão aqui.

- Acho bom!

- Vai sim. Acho tão sexy quando fica irritado.

Jogando a raiva na lata de lixo, o curandeiro a puxou para mais perto ao segurar na sua cintura. No instante em que iriam se beijar, a madame McKinnon os interrompeu abrindo as portas.

- Ah, vocês formam um lindo casal! – Elogiou

- Obrigada. – Disse a dona da casa um pouco constrangida por ter sido pega, se afastando do marido

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora