Capítulo cinco: O grande dilema

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  Os Greengrass tomavam café da manhã tranquilamente na sala de jantar informal.

- Elaiza, como vão indo os treinos de montaria? – Quis saber o tio

- Vão muito bem. Este ano eu acho que fico entre os três melhores na competição.

- Eu lembro quando isso me aconteceu. Acho que eu tinha uns treze anos. – Esnobou Daphne

- Engraçado. Ninguém te perguntou. – Rebateu o primo

- Pardalzinho, não seja má com o seu primo. No lugar de lhe provocar, deveria se dedicar mais aos seus próprios treinos. Não se esqueça de que nos representará também.

- Desculpe-me, papai. Desculpe-me, Elaiza.

O loiro a encarou com deboche enquanto levava uma garfada de maçã à boca. Ela revirou os olhos.

- E seus treinos? Como andam indo?

- Maravilhosamente bem. Trarei mais um troféu de primeiro lugar para a nossa coleção.

- Estou contando com isso. Mal posso esperar para esfregar na cara daquele Nott que tenho dois campeões. Estou farto dele sempre se vangloriar do filho, que nem é grandes coisas.

- Ast que eu o diga. Vovó lhe fez cair em uma armadilha para unir os dois. Precisou aturá-lo por uma hora. Foi uma tortura, não é, Ast?

A primogênita não respondeu de primeira. Estava presa em seus pensamentos, tentando resolver o dilema entre ser feliz com Rony ou permitir que Daphne assim fosse.

- Sim. Terrível. – Respondeu

Pin trouxe, em uma bandeja retangular, uma carta e um abridor de carta para Daphne. A adolescente utilizou o abridor e começou a ler. Um sorriso singelo sorria em seu rosto durante a leitura.

- Que maravilha! – Exclamou

- De quem é, Pardalzinho?

- De uma amiga muito querida, Gabrielle Delacour. Nos conhecemos quando veio à Hogwarts para participar de uma das tarefas do Torneio Tribruxo. Criamos afeto uma pela outra e trocamos cartas desde então.

- Que bom que não perderam contato. Como é esta menina?

- Gabrielle é muito simpática e atenciosa. Gosta de moda tanto quanto eu.

- Se for parecida como a irmã, deve ser uma gata. - Comentou o primo

- Elaiza, você não tem alguma menina para encher, não?

- Que coisa. Ia te fazer a mesma pergAI!

Daphne o chutou por debaixo da mesa.

- Como eu ia dizendo, gosto muito dela. Nós até a visitamos algumas vezes quando fomos à França. Não se lembra, Ast?

- Vagamente. - Falou, ainda aérea

- A irmã dela gostou tanto do nosso país que mora aqui agora. E até se casou com um bruxo daqui. Acho que com um Weasley, se não me engano.

- Ela parece ser uma boa pessoa. Por que não a convida para passar as férias aqui? Aproveita e fica para o seu casamento.

- Eu posso, papai?

- Claro. Toda amiga sua é bem-vinda.

- Então vou convidar. Escreverei nesta semana mesmo. Obrigada, papai.

Apertou sua mão carinhosamente. Ouviram um grito feminino a uns metros dali.

- O que é isso? - Questionou Daphne

Nobre Coração - DrastoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora