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Ana Flávia's point of view
Saio da minha sala indo em direção a coordenação da faculdade.
Eu iria trancar minha faculdde. Eu não estava nenhum pouco bem. Minha aparência dizia isso. Meu longo cabelo preto estava preso em um coque mal feito. Estava de moletom em um dia de verão.
Eu estava morrendo aos poucos. Estava decidida a sair do trabalho e trancar a faculdade.
Por mais que me doesse muito eu já havia aceitado minha morte e apenas esperaria ela me atingir aos poucos.
Gustavo não havia falado comigo desde que eu fui para a casa dos meus pais. Eu já havia aceitado que ele havia me deixado.
Minha conversa com Antonella foi horrível. Chorei a noite toda depois.
Eu estava destruída. A vida feliz que eu levava se foi pelo ralo.
Me distraio dos meus próprios pensamentos quando vejo uma figura muito conhecida por mim. Gustavo. Ele estava aqui e parecia procurar alguém. Penso comigo mesma se esse alguém seria eu.
Assim que seus olhos encontram os meus, ele vem em passos rápidos até mim, me abraçando com força.
Quando se afasta, posso olhar em seus olhos e perceber que estavam vermelhos com lágrimas. Gu estava parecido comigo. Olheiras fundas, cabelo bagunçado e uma roupa qualquer que ele com certeza não usaria se fosse sair de casa.
- Pensei que tinha me deixado - Falo sentindo lágrimas caindo de meus olhos.
- Nunca Ana Flávia! Eu prometi estar sempre com você e eu estarei - Gustavo diz e eu beijo seus lábios.
A saudade que eu estava desse homem era perceptível. Sentia falta de seu corpo, do seu toque, do seu beijo inesquecível e do seu amor por mim.
O beijo era completo de saudade. Saudade do toque um do outro.
Nos separamos com a falta de ar e eu olho em seus olhos. Eles transmitiam tristeza assim como os meus.
- Eu te amo Gustavo! Eu te amo mais que qualquer coisa nessa vida - Falo segurando sua nuca.
- Eu te amo Ana Flávia e se precisar dou minha vida por ti - Fala e me dá mais um selinho.
Gustavo me puxa pelas mãos até a saída da faculdade mas eu o paro.
- Gu - Chamo o mesmo - Eu preciso resolver algo aqui - Falo enquanto separo nossas mãos devagar.
