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Ana Flávia's point of view
Dou risada de Gabi falando sobre o seu primeiro encontro com o Murilo e me lembro de como Gustavo demorou pra conseguir me conquistar.
Gabi e eu somos amigas a pouco tempo. Nós conhecemos graças a Gustavo e Murilo que já eram amigos a alguns anos. Mesmo com pouco tempo de amizade, eu já a considerava muito.
Hoje Gabi iria dormir junto comigo e com Duda, já que elas decidiram que iam me ajudar a escolher a decoração e o lugar da minha despedida de solteira. O que com certeza foi algo bom, porque eu sou muito indecisa e insegura com minha própria opinião. Então tê-las ao meu lado seria muito bom.
— É sério Ana, eu comecei a sentir dores terríveis na barriga e tive que ir embora — Diz contando do trágico primeiro encontro — O coitado do Murilo ainda ficou com cara de tacho pensando que eu tinha fugido, mas eu estava mal mesmo.
— Meu Deus Gabi, eu não acredito! — Digo dando risada da mesma — Você literalmente fugiu e nem avisou.
— Eu não tinha outra escolha né — Diz abrindo a porta do carro, após chegarmos no meu condomínio.
— Não sei como Gustavo não desistiu de mim também. — Falo citando meu noivo —Esperar por 4 anos realmente não é pra qualquer um
Gustavo sempre gostou de mim! A forma dele de demonstrar isso era me perturbando. Lembro como se fosse hoje, das broncas que ele levava de Ju, minha sogra, depois de implicar comigo. Mas eu nunca gostei dele, na verdade, eu tinha raiva dele me perturbar tanto. Mas depois fui enxergando o garoto incrível que ele era, mesmo com suas gracinhas.
— Realmente, Gustavo foi muito insistente — Diz Gabi concordando.
Subimos de elevador até meu apartamento, com algumas sacolas na mão.
Gabi comprou as coisas do jantar e eu e Duda faríamos Sush e Temaki. Nossa especialidade.
Assim que saímos do elevador já conseguíamos escutar a música vindo do meu apartamento. Eduarda não conhecia a palavra "limite" e estava doida para ganharmos uma bela multa.
— Finalmente! Pensei que tinham ido pescar o salmão de tanta demora — Diz Duda revirando os olhos e nos ajudando a pegar as sacolas pesadas.
— O mercado estava cheio, Eduarda — Falo pondo as coisas na bancada que dividia a cozinha da sala.
— Como você está, amiga? Você não vem dormir aqui faz um tempão — Fala Duda abraçando Gabi.
