28 | 𝙢𝙮 𝙗𝙞𝙜 𝙙𝙧𝙚𝙖𝙢

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Los Angeles, Califórnia | Segunda-feira | 08:24

Los Angeles, Califórnia | Segunda-feira | 08:24

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Ana Flávia's point of view 


— Eu te amo — Gustavo diz dando um último beijo em meus lábios um pouco antes de sair de casa, para o trabalho.

Respiro fundo, me sentando no sofá com a minha xícara de café, preparando minha mente para mais um dia solitário sem meu marido ou uma outra companhia.

Resolvo ficar ali, quando um filme matinal que passava em um canal qualquer, na televisão me chamou a atenção.
Parecia ser um filme de romance, não sei, ou algo parecido.

Depois de aproximadamente 2 horas, me vejo chorando. Chorando muito. Era pra ser apenas uma segunda-feira de manhã comum, mas foi interrompida pelo meu rio de lágrimas.

Talvez eu nunca esquecesse o final de "Diário de uma Paixão". Aquele filme... Ele me deixou sem palavras.

Apesar do meu choro ser eterno, o sentimento de conforto se aconchegava em meu peito ao saber que o amor de Gustavo por mim, fosse igual, ou até maior, ao de Noah por Alie.

Eu sentia meu coração chorar também. Chorava pelo sentimento agonizante de não ter a certeza que viverei até ficar idosa. Não ter a certeza se terei tempo com Gustavo.

Meu momento de melancolia foi interrompido pelo barulho alto de batidas na porta. O susto foi tão imediato que senti meu coração quase saltar pela boca.

Gritei de longe, que eu já iria atender, e fui ao banheiro mais próximo da sala para limpar minhas lágrimas.

Quando olhei-me no espelho quase levei um susto pela situação que me encontrava. Eu sabia que estava mal, pelo tanto de lágrimas que derramei, mas não pensava estar tão lamentável.

Meu humor depois daquele filme se dividia em "pensativa e reflexiva" e "triste e abandonada", ou seja, de qualquer maneira não estava um dos melhores.

Eu me perguntava mentalmente, quem em sã consciência se levantava as 08:24 da manhã para ir falar com seu vizinho.
Eu sabia que era algum de meus vizinhos, porque Gustavo não poderia ser. Eduarda ou alguma das meninas, obviamente que não, já que elas eram um bando de desempregadas que acordavam as 15:00 da tarde. Meus pais, gostavam do período da noite, o que significava que eles só costumavam vir me ver de noite.

Fui em direção a porta, decidindo se a opção melhor, não seria eu fingir que ainda estava dormindo, e simplesmente ignorar quem quer que estivesse ali.

Entretanto não fiz isso, pois no minuto seguinte eu já conversava com Helena que carregava uma pequena bolsinha em seus braços.

Já sem entender o motivo da presença da moça ali, eu coçei o couro cabeludo, com falta de paciência.

𝙣𝙖 𝙨𝙖𝙪𝙙𝙚 𝙚 𝙣𝙖 𝙙𝙤𝙚𝙣ç𝙖 | 𝙢𝙞𝙤𝙩𝙚𝙡𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora