15 | 𝙢𝙮 𝙤𝙬𝙣 𝙗𝙤𝙙𝙮 𝙬𝙖𝙣𝙩𝙚𝙙 𝙢𝙮 𝙙𝙚𝙖𝙩𝙝

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Los Angeles, Califórnia | Quarta-feira | 02:27

Los Angeles, Califórnia | Quarta-feira | 02:27

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Ana Flávia's point of view

Acordo sentindo algo me sufocando e levanto rápido.
Abro os olhos e vejo que não há nada em meu quarto.
Eu sentia muita falta de ar e quanto mais eu tentava puxar, menos eu conseguia respirar.
Desço as escadas da casa de meus pais correndo e vou até o jardim da frente para tentar encontrar o ar de volta.

Minhas mãos em volta do meu pescoço denominavam que eu não conseguia respirar.
Aos poucos fui perdendo os sentidos já não conseguindo falar mais.

Quando tento voltar para dentro de casa, tropeço em uma pedra na grama e caio.
Não consigo levantar. Meu corpo já não me respondia mais. Era como se alguém estivesse prendendo minha respiração com as mãos.
Era como se alguém estivesse tentando me matar me enforcando.
Meu próprio corpo queria minha morte.

Quando estou quase desmaiando escuto meu pai gritando meu nome.

- ANA FLÁVIA!?!? - escuto meu pai enquanto me pega no colo, me levando para dentro de casa.

Escuto minha mãe descendo as escadas e perguntando o motivo da gritaria uma hora dessa. Afinal já era madrugada.

Assim que a mesma me vê, se desespera e vai para a cozinha.

A essa altura eu já sentia aquela dor no peito novamente. Eu sentia o suor frio descendo pelas minhas têmporas, mas eu não podia fazer nada.

Meu pai fala para eu acompanhar a respiração dele. Mas é uma tentativa falha.

Meu corpo não me respondia. Eu puxava o ar e ele não vinha.
A dor em meu peito era tão forte que eu sentia que iria morrer a qualquer momento.

Sinto minha mãe trazer um remédio e mandar eu engolir junto com água.

O médico havia passado alguns remédios porque disse que crises como essa durante a noite são normais.

O que eu não imaginava era que essas crises eram terríveis e pareciam que iam me matar a qualquer instante.

Vejo de relance Antonella nos olhando da escada. Ela estava com cara de sono mas assustada.

Finalmente a falta de ar foi cessando aos poucos. Eu sentia meu corpo leve como se eu já tivesse falecido. Mas eu ainda estava viva.

Sinto Antonella pegando em minha mão e só agora me dou conta que ela havia se aproximado de onde nós estávamos.

- Você vai ficar bem, Tata - Antonella diz baixinho em meu lado.

Apenas sorrio para a mesma e me permito fechar os olhos. Minhas pálpebras estavam cansadas de ficarem abertas e eu sentia que dormiria a qualquer momento.

Escuto de relance minha mãe dizer:

- Leva ela pro quarto Rodrigo. Ela está cansada - Meu pai me pega no colo novamente e sobe as escadas me levando até meu quarto.

𝙣𝙖 𝙨𝙖𝙪𝙙𝙚 𝙚 𝙣𝙖 𝙙𝙤𝙚𝙣ç𝙖 | 𝙢𝙞𝙤𝙩𝙚𝙡𝙖Onde histórias criam vida. Descubra agora