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Gustavo's point of view
— Gu? — Ana Flávia me chama e eu cheiro seu pescoço, já meio enlouquecido pelo seu aroma viciante. Ela solta uma risadinha e tenta me afastar, o que não deu muito resultado. A aperto mais em meus braços e dou vários selinhos, no mesmo lugar, e logo escuto sua gargalhada gostosa. — GUSTAVO! Para — Ana Flávia ria sem parar e eu me afasto, ficando por cima dela, apoiando meu corpo nos meus braços. — Eu estava pensando... Poderíamos fazer uma lista, não?
— Como assim, amor? — Pergunto confuso sobre a tal lista.
— Uma lista de coisas para a gente fazer o quanto antes. — Ana Flávia concluiu e o sorriso do meu rosto desapareceu um pouco. — Não faça essa cara. — Ana disse e me deu um selinho. — Temos que enfrentar isso de uma maneira leve, amor. — Ana Flávia concluiu e eu desviei o olhar, e me afastei dela, já sabendo o que ela queria dizer falando aquilo e o fim dessa conversa.
Ana percebendo meu desconforto, veio atrás de mim e me abraçou por trás, colocando o rosto em meu ombro, deixando um beijinho ali.
— Gu... Por favor, amor. Vamos fazer disso, algo fácil... — Ana Flávia disse.
— Não quero começar a fazer essas coisas, como se você fosse morrer a qualquer momento. — Eu disse e Ana Flávia soltou uma risadinha irônica, o que me fez fechar a cara novamente. Ela me beijou, e sem conseguir resistir, me entreguei.
O beijo era lento e gostoso. E se o ar não começasse a faltar rápido, eu provavelmente beijaria Ana Flávia sem parar.
— Eu ainda estou aqui,Gustavo. Não vamos tornar as coisas difíceis, sim? — Ela disse e me olhou com aqueles olhos brilhantes e alegres. Sem eu falar nada, Ana Flávia já pareceu entender porque abriu um sorriso em seguida e puxou minha mão em direção ao andar de baixo.
Me sentei no sofá e a vi se afastar. Respirei fundo e tentei deixar pra lá, o sentimento ruim que me atormentava todas as vezes que tocávamos nesse assunto.
Ana Flávia voltou com um sorriso no rosto, e minha camisa em seu corpo. Carregava duas canetas e duas folhas.
Ela se aproximou e se aconchegou do meu lado, deixando um beijo em minha bochecha. Sorri com o ato e comecei a prestar atenção no que ela começava a dizer.
— Vai ser assim: você vai escrever dez coisas que quer fazer comigo, e eu dez que quero fazer com voce. — Ana explicou e eu arquiei a sobrancelha.
