Capítulo 34

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Lillian G. Dixon

Era de noite, Daryl dormia na cama e Judith no berço. Eu me mantinha em pé olhando pela janela sem conseguir pregar os olhos.

Era difícil conseguir dormir naquele estado, Carl acabará de morrer e estávamos em ataque. Não sabíamos quando tudo iria virar de pernas pro ar.

Imagino que Daryl estava exausto para ter conseguido dormir. Nesse tipo de situação, ele é pior que eu.

— O que tá fazendo aí em pé? — Era a voz dele, como eu disse.

Daryl se levantou parando atrás de mim para observar o que eu olhava. Senti suas mãos quentes abraçando meu corpo gelado pelas roupas.

— Devia ter colocado um casaco. — Ele beijou o topo da minha cabeça. — Não consegue dormir?

— Não... parece que a qualquer momento algo vai acontecer. Preciso me manter em alerta.

— Eu sei que tá preocupada. Mas ficar se cansado assim só vai piorar. — Ele girou meu tronco, me fazendo olha-lo. — Temos guardas aqui, eles vão nos avisar.

— E se não avisarem? — Eu continuava com minha paranoia.

— Que tal você deitar e dormir. E eu ficou acordado de guarda?

— Você tá mais exausto que eu.

— Eu consegui descansar um pouco, agora que acordei não durmo mais.

Encostei minha cabeça em seu peito e ele me apertou contra ele.

— Desculpa por te acordar.

— Não acordou, agora vai dormir.

Permaneci ali parada, senti quando ele tocou minhas costas e passou a mão por trás dos meus joelho, me tirando do chão. Dei uma risada boa com a atitude dele.

Daryl me colocou na cama e me cobriu, deu um selar rápido em meus lábios e voltou para perto da janela.

Me aninhei na cama e fiquei esperando o sono chegar, tive uma lembrança boa em minha mente de quando tinha dezesseis anos. Fiquei gripada e não conseguia dormir, Carl se sentou ao meu lado, mesmo com meus protestos. Ele fez carinho em minha cabeça e cantou You are my sunshine para que eu dormisse.

Sorri fechando os olhos lentamente. Mesmo completamente coberta senti um arrepio passar pelo meu corpo, me sentei de imediato na cama.

— O que foi? — Daryl me encarou.

— Tem algo de errado.

Peguei minha foice que estava debaixo da cama e ao me colocar de pé ouvi um grito. Daryl saiu na frente e eu corri com a lanterna, trancando a porta para que Judith não corresse perigo.

Quando descemos haviam vários zumbis na casa, mas não quaisquer zumbis. Aqueles eram os nossos, nossas pessoas.

Puxei um zumbi que ia morder o pescoço de uma senhora e cravei a foice em sua cabeça. Um morto me puxou, me derrubando no chão. Ele subiu em mim mas logo parou de se mexer e foi jogado para o lado. Ezekiel pegou minha mão, me ajudando a levantar.

Loving in hell Ⅱ- Daryl Dixon •TWD• Livro 2Onde histórias criam vida. Descubra agora