Capítulo 12 - Personalidades.

9.5K 1K 1.2K
                                    

— Que horas você precisa ir 'pra Doja? – Pergunto, me acomodando mais em Camila

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Que horas você precisa ir 'pra Doja? – Pergunto, me acomodando mais em Camila.

Não pensei na possibilidade dela se afastar quando a abracei, mas fico feliz que não o fez. Minha bochecha está grudada próxima ao seu seio, mas as batidas do seu coração que consigo ouvir estão me chamando mais a atenção do que eles. Não porque deixaram de ser atrativos ou nem nada do tipo –até porque, seria impossível qualquer parte do corpo perfeito de Camila não ser atrativo–, mas gosto de quando humanos são humanos. Gosto de ouvir risadas, choros, entusiasmo, raiva. Sentir a respiração, o calor do toque, o coração. Isso tudo me deixa mais próximo do que é ser humano, e é tão bonito. Como quando você se pega sorrindo quando vê alguém que você sequer conhece comemorando uma conquista, demonstrando emoções. É estranho?

— Ai, porra, eu até tinha me esquecido que peguei turno da noite hoje – Camila resmunga, e sinto sua cabeça virar para a direita, mas não ouso me mover. – Deve ser umas sete agora, por causa do escuro lá fora. Tenho que estar lá às nove.

— O que eu faço? – Começo a desenhar círculos invisíveis com a ponta do dedo em sua pele, no topo do seio, onde um roxo já nasce. – Eu te espero aqui, ou eu vou embora?

Há um silêncio, mas não me preocupo com ele. Apenas espero Camila me responder, enquanto me entretenho com os círculos e a carícia que estou recebendo nas costas.

— Lauren... eu não consigo dormir com outra pessoa – franzo o cenho com a confissão, mas ainda assim, não me levanto.

— Por quê?

— É uma questão familiar – além do peso em sua voz, ouço seu coração batendo mais rápido. Não está frenético, mas também se desestabilizou. – Estou te falando isso porque não quero que você pense que eu estou fazendo descaso de você ou sendo um homem que vai transar e ir embora, mesmo que isso seja exatamente o que eu faço.

Não sei se a reação certa seria questionar mais ou me sentir mal por isso, mas tudo que faço é sorrir de leve, contente por ela ter pensado sobre como eu iria me sentir em relação a ir embora após o sexo, por pedido da mesma. Deve ser todos os problemas que Lewis comentou por cima.

Lewis.

Ainda preciso enfrentar ele e Ashley quando chegar em casa, e talvez, por esse motivo, eu estava esperançosa para dormir aqui.

— Tudo bem, eu posso ir embora.

— Não quero que você vá embora.

— Então o que você quer que eu faça? – Solto uma risada nasal, mas quando Camila fica calada por tempo demais, e o coração palpita mais vezes por segundo, me obrigo a sair da posição para conseguir a olhar. – Não sou de forçar barreiras, Camila. Está tudo bem, de verdade. Eu peço um carro e nós...

— Você acha mesmo que algum motorista vai entrar aqui durante a noite? Você teria que ter a sorte de encontrar um que morasse aqui e soubesse que nada iria acontecer – ela ri, com as bochechas marcadas pelo meus dedos formando uma maçã. – E eu também não transaria com você e depois te chutaria para a porta da minha casa sem me preocupar em como você vai chegar. Eu te levo.

RacerOnde histórias criam vida. Descubra agora